quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Wonderful Tonight!


Reflexão...

“A chuva é o melhor sinal de nós dois.
Ela vem fazendo-me relembrar que eu tenho o teu peito para me abrigar. Nada é tão frio quando você me afaga, tudo é calmo quando você me enlaça. Deitar na tua cama, que posso chamar de minha. Agarrar o teu corpo, que chamo de meu. Abrigados no nosso cobertor, ouvindo a chuva cair e compartilhando nossas juras de amor. Eu juro que não há melhor lugar, eu só quero a paz de te amar. Então me abraça forte, ou apenas segure a minha mão, me dê um pouco da tua força, nesse mundo onde a dor é quase obrigação”.
— Kimberly Chaviñon.

sábado, 12 de outubro de 2013

Boa tarde, Vinicius de Moraes!

"Se você quer ser minha namorada
Ai, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exactamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarzinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porquê
Porém, se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois."

Por Vinicius de Moraes

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Boa terça-feira, Cecília Meireles!


"A primavera chegará, 
mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega".
(Cecília Meireles)

sábado, 21 de setembro de 2013

ANPG convoca o 39º Conselho Nacional de Associações de Pós-Graduandos



Atualizada no dia 16/09/2013

Contemplando o tema “A pós-graduação brasileira e os direitos dos pós-graduandos”, a Associação Nacional de Pós-Graduandos convoca o seu 39° Conselho Nacional de Associações de Pós-Graduandos (CONAP). O evento será realizado na cidade de Ouro Preto (MG) - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) - entre os dias 25 e 27 de Outubro, e debaterá o papel dos pós-graduandos na pesquisa nacional, bem como discutirá sobre os seus direitos .

Clique aqui para ver o folder do evento.

Aprovaremos, também, mudanças no Estatuto da ANPG, e convocaremos o nosso 24° Congresso. Não deixe de participar!

Qualquer dúvida, envie e-mail para 39conap@gmail.com 
 
 

Entenda como participar do 39º CONAP:
 
Se seu programa, instituto ou Universidade não tem uma APG, CRIE UMA!
 
Montar sua APG é fácil!
 
- Organize uma reunião de Pós-Graduandos
- Dê a maior publicidade possível
- Discutam um estatuto para a Associação
- Escolham uma diretoria
- Façam uma ata de eleição e posse
 
Caso haja alguma dúvida, entre em contato com um dos nossos diretores pelo email comunicacaoanpg@gmail.com ou telefone: (11) 5082-369
 
FILIE SUA APG À ANPG
 
As Associações de Pós-Graduandos devem ser filiadas à ANPG. Para isso, siga esses passos:
 
 1.Preencha o Formulário On-Line no site da ANPG 
 2.Envie cópias digitais para anpgbr@gmail.com:
 
-Estatuto
-Ata de Eleição/posse da Diretoria
-Comprovante de Depósito da taxa de filiação, no valor de R$ 200,00.
Número da conta da Associação Nacional de Pós-Graduandos 6698-2 Ag. 4328-1, Banco do Brasil 
 
PARTICIPE DO 39 CONAP
 
A APG ou Comissão Pró-APG é quem inscreve os seus delegados, suplentes e observadores.
 
Envie para o email 39conap@gmail.com
-Ata Padrão, disponível no site da ANPG
-Comprovantes de Matrícula
-Comprovantes de Pagamento, no valor de R$ 75,00 (delegado/suplente) ou R$ 150,00 (observador). 
Número da conta da Associação Nacional de Pós-Graduandos 6698-2 Ag. 4328-1, Banco do Brasil  
Alterada no dia 16/09/13
Publicada originalmente no dia 01/08/13

Fonte: ANPG

ANPG assina carta de protesto contra o leilão do petróleo no Campo de Libra

A ANPG uniu-se às entidades e movimentos sociais que elaboraram uma carta que critica a realização dos dos leilões do petróleo no Campo de Libra. O conteúde da carta explica que a exploração desses recursos renderia benefícios muito maiores à sociedade brasileira se fosse feita exclusivamente pela Petrobras.

Brasil, 18 de setembro de 2013
Excelentíssima Senhora
Dilma Vana Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil
Palácio do Planalto- Brasília, DF.
 
Senhora Presidenta,
1. Nós, entidades representativas, centrais sindicais, associações, movimentos sociais, militantes partidários e cidadãos,  imbuído da vontade de defender os interesses da soberania da nação brasileira e de nosso povo, sobre os nossos recursos naturais, em especial o petróleo, nos dirigimos a V. Exa., para pedir que SUSPENDA o leilão das reservas do PRÉ-SAL, previsto para o próximo dia 21 de outubro de 2013.

2. Louvamos a iniciativa do então Presidente Lula, que no momento da confirmação da existência das reservas do Pré-sal, retirou 41 blocos do nono leilão, que iria ocorrer naquela ocasião. Ao fazê-lo, sabemos, o presidente contrariou fortes interesses, pois as empresas petrolíferas transnacionais, já prevendo a existência de grandes reservas na região, tinham a intenção de fechar contratos de 30 anos de duração. Seriam atos jurídicos perfeitos, em condições benéficas para elas e prejudiciais para a sociedade brasileira. A decisão do presidente Lula preservou os interesses nacionais, naquele momento.

3. Posteriormente, foi elaborado um novo marco regulatório para o setor do petróleo, no qual Vossa Excelência jogou importante papel ainda como Ministra. Consideramos que o novo modelo é muito melhor sob a ótica do benefício social que o modelo das concessões adotado e  praticado no governo FHC.

4. Estamos convencidos, por outro lado, que o caso do campo de Libra é particular e que o mesmo não pode ser leiloado mesmo através desse modelo de partilha adotado para as áreas do Pré-Sal. A área de exploração de Libra não é um bloco, no qual a empresa petrolífera irá procurar petróleo. Libra é um reservatório totalmente conhecido, delimitado e estimado em seu potencial de reservas em barris, faltando apenas cubar o petróleo existente com maior precisão. Como já foi dado a público, o campo de Libra possui, no mínimo, dez bilhões de barris, uma das maiores descobertas mundiais dos últimos 20 anos.

5. O desafio colocado diante de um volume tão grande de petróleo conhecido é o de como maximizar esse benefício para toda  sociedade brasileira. Os legisladores que, junto com membros do Executivo federal, produziram a lei 12.351 de 2010, deram uma brilhante demonstração de lucidez ao redigirem o artigo 12 desta lei. Através deste artigo, a União pode entregar um campo, sem passar por licitação, diretamente para a Petrobras, a qual assinaria um contrato de partilha com a União, com o percentual do "óleo-lucro" a ser remetido para o Fundo Social obtido por definição do governo.

6.Pleiteamos que, no caso das reservas de Libra, o percentual seja bem alto, para beneficiar ao máximo a sociedade. Mas, lembramos isso só pode ser feito se a Petrobras for a empresa contratada pela União.

7. Não basta definir parâmetros no edital e no contrato para maximizar as remessas das empresas "ganhadoras" para o Tesouro e o Fundo Social. Não houve qualquer explicação da ANP, nem de argumentação nem no Edital, que justifique esse leilão do ponto de vista dos  interesses do povo. Ao contrário, a  Resolução n. 5 do CNPE que decide sobre o leilão de Libra é um libelo de prepotência e autoritarismo.  Qual a razão para que nem o MME, o CNPE, a ANP ou a EPE, nenhum destes órgãos ter dado acesso ao público de documentos explicando a perspectiva de descobertas, quanto será destinado para o abastecimento brasileiro e quanto deverá ser exportado?

8. Essas dúvidas não foram esclarecidas em audiências públicas que competia à ANP  proporcionar para que a sociedade se manifestasse. Assim, mesmo entre técnicos e especialistas, ninguém pode ter noção de qual a base de calculo para chegar-se a um preço mínimo previsto de arrecadação de R$ 15 bilhões e qual o percentual de óleo lucro a ser remetido para o Fundo Social. A ANP evitou receber opiniões mesmo dos setores sociais como sindicatos, associações e universidades,  vinculados ao tema da energia e do petróleo. De nossa parte propomos que o Ministério das Minas e Energia organize uma consulta aos técnicos e entidades brasileiras que permita a confrontação de informações no tocante à  legislação e ao destino do petróleo do Pré-sal.

9. Todos nós temos consciência da intenção das empresas transnacionais de apoderarem-se das reservas do Pré-sal. A entrega para essas empresas fere o principio da soberania popular e nacional sobre a nossa mais importante riqueza natural que é o petróleo.

10. Os recentes episódios de espionagem patrocinada pelo governo dos Estados Unidos da América no Brasil, que receberam uma posição altaneira e de exigência de explicações por parte de vosso governo, Presidente Dilma, se deram não apenas sobre a vossa pessoa e governo, mas inclusive, como é público e notório, sobre a Petrobras, com o claro interesse de posicionar as empresas estadunidenses em melhores condições para abocanhar as reservas do Pré -sal,  numa clara afronta já soberania da nação e num total desrespeito às prerrogativas exclusivas do Estado e governo brasileiros neste terreno.

11. Presidente Dilma, a senhora mesmo afirmou sua disposição de “ouvir as vozes das ruas”. O povo brasileiro, que há 60 anos protagonizou a campanha “o petróleo é nosso”, que resultou na construção da Petrobras, não pediu e não aceita a entrega de nosso petróleo para as transnacionais que querem pilhar esse recurso vital para o desenvolvimento sócio-econômico em benefício da grande maioria do nosso povo.

Afirmamos, de nossa parte, que não descansaremos na luta em defesa do petróleo brasileiro  e do Pré-sal nas mãos e em benefício de nosso povo. Se qualquer dúvida houver sobre a opinião popular, a senhora, com presidente da República Federativa do Brasil, tem o poder de convocar um plebiscito para que o povo decida quem deve explorar as riquezas do Pré-sal e qual deve ser o seu destino.

São essas as razões que nos levaram a redigir esta carta à Vossa Exa. reivindicando fortemente que a senhora SUSPENDA A REALIZAÇÃO DO LEILÃO DO PETRÓLEO DO CAMPO DE LIBRA, previsto para o próximo dia 21 de outubro.

Nossa proposta é que a exploração do campo de Libra seja entregue unicamente à PETROBRAS, como permite o artigo 12 da lei 12.351.

Estamos prontos e ficaríamos honrados de ser recebido em audiência pela Vossa pessoa, presidente Dilma Rousseff, para discutirmos diretamente as razões que nos levam a esse posicionamento, certos de que é uma solução conforme com os interesses da soberania nacional e do povo brasileiro. 
 
Atenciosamente,
 
1)                  Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)
2)                  Assembléia Popular
3)                  Assembléia Popular   Osasco
4)                  Assembléia Popular  Paraíba
5)                  Associação Brasileira de ONGs (ABONG)
6)                  Central de Movimentos Populares (CMP)
7)                  Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB)
8)                  Central Única dos Trabalhadores (CUT)
9)                  Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
10)              Confederação das Mulheres do Brasil (CMB)
11)              Comissão Pastoral da Terra (CPT)
12)              Confederação Nacional das Associações de Moradores  (CONAM)
13)              Conselho Indigenista Missionário (CIMI )
14)              Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB)
15)              Consulta Popular
16)              Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS)
17)              Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS  PR)
18)              Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN)
19)              Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo (FTIUESP)
20)              Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE)
21)              Federação Nacional dos Urbanitários (FNU)
22)              Federação Única dos Petroleiros (FUP)
23)              Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES)
24)              Frente de Lutas de Juiz de Fora
25)              Grito dos Excluídos
26)              Jubileu Sul
27)              Juventude Revolução
28)              Levante Popular da Juventude
29)              Marcha Mundial das Mulheres
30)              Movimento Camponês Popular (MCP)
31)              Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE)
32)              Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
33)              Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
34)              Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
35)              Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTC)
36)              Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
37)              Movimento Nacional pela Soberania Popular frente a Mineração(MAM)
38)              Movimento Reforma Já
39)              Pastoral da Juventude Rural (PJR)
40)              Pastoral Da Moradia
41)              Pastoral Do Migrante
42)              Pastoral Fé e Política de Jundiaí
43)              Pastoral Fé e Política de Salto  SP
44)              Pastoral Fé e Política de Várzea Paulista SP
45)              Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política
46)              Plataforma Operária e Camponesa para Energia
47)              Rede Fale
48)              Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP CE)
49)              Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP  SP)
50)              Sindicatos dos Eletricitários de Minas Gerais (SINDIELETRO MG)
51)              Sindicatos dos Eletricitários de Santa Catarina (SINERGIA SC)
52)              Sindicatos dos Eletricitários do Distrito Federal (STIU/DF)
53)              Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo (SINERGIA SP)
54)              Sindicato dos Engenheiros (SENGE  PR)
55)              Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte  (SINDIBEL MG)
56)              Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC PR)
57)              Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente ( SINTAEMA  SP)
58)              Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo(SINDIPETRO SP)
59-              Sindicato dos petroleiros do Rio de janeiro-RJ
59)              Sindicato Unificado dos Petroleiros da Bahia (SINDIPETRO BA)
60)              Sindicato Unificado dos Petroleiros do Paraná (SINDIPETRO PR)
61)              União de Negros pela Igualdade (UNEGRO)
62)              União Nacional dos Estudantes (UNE)
63)              Via Campesina Brasil


Recife e a reinvenção do cinema político

Sucesso do filme O som ao redor lança luz sobre uma nova geração de cineastas pernambucanos
A matéria abaixo faz parte da edição 120 de Fórum. Assine por 1 ano e ganhe as cinco últimas edições aqui.
Por Júlio Delmanto
Cena do filme O som ao redor
“Em seu primeiro longa, Mendonça, um ex-crítico de cinema, narra os ritmos da vida diária em um complexo de apartamentos afluente da cidade costeira brasileira de Recife. O que emerge é um retrato sutil de uma sociedade em vias de uma rápida transformação social, ainda assombrada pelas crueldades de seu passado feudal.” Essa seria apenas mais uma das inúmeras críticas bastante animadas com o filme O som ao redor, dirigido por Kleber Mendonça Filho, se não fosse por seu simbolismo. Afinal, vinha acompanhada de uma indicação entre os dez melhores filmes de 2012 feita pelo respeitado crítico estadunidense A.O. Scott nas páginas do The New York Times. Ao lado dos novos trabalhos de Quentin Tarantino, Michael Heneke e Steven Spielberg nessa lista, o filme era o único latino-americano citado.
Filmado em 2010, O som ao redor estreou no circuito comercial em 4 de janeiro de 2013, trazendo consigo uma enorme aceitação em festivais nacionais e internacionais. Desde sua primeira exibição, no Festival de Cinema de Roterdã, no qual já recebeu prêmio da crítica, obteve 14 prêmios, entre eles os principais da Mostra de Cinema de São Paulo e do Festival do Rio. No caminho inverso do habitual, estreou em 13 salas e viu esse número aumentar para até 18, cruzando a marca de 70 mil espectadores, fato notável para uma produção de R$ 1,8 milhão de orçamento e anos-luz distante da estrutura de um blockbuster sobre vampiros comoAmanhecer– parte 2, lançado em 1.228 cinemas pelo Brasil.
O som ao redor é um dos melhores filmes brasileiros de sempre. É um dos melhores filmes feitos recentemente no mundo”, exaltou Caetano Veloso em sua coluna no jornal O Globo. “Com o novo cinema pernambucano, a luta de classes volta ao cinema brasileiro”, sentenciou o crítico e professor Jean-Claude Bernardet na revista Teorema, numa análise que transparece um dos efeitos do sucesso da obra de Kleber Mendonça Filho: lançar luz sobre o restante da produção cinematográfica de diretores pernambucanos que têm em comum não só o fato de serem praticamente novatos, mas também a disposição de utilizar as telas para refletir seriamente sobre o Brasil contemporâneo.
Formado em jornalismo e por muitos anos crítico de cinema em jornais e na internet, tendo inclusive realizado o documentário Crítico, discutindo exatamente este ofício, Kleber Mendonça tem 44 anos e produziu seu primeiro curta em 1997, chegando só 15 anos depois ao lançamento de seu primeiro longa ficcional. Cinéfilo declarado, o cineasta vê agora seu filme revelar para um maior público colegas pernambucanos seus, que já causam burburinho em festivais especializados há alguns anos, como Gabriel Mascaro, de 29 anos, e Marcelo Pedroso, de 33.
Cena do filme Doméstica, de Gabriel Mascaro (Divulgação)
Para o crítico e estudioso do cinema pernambucano Heitor Augusto, filmes de grande potencial como Doméstica, de Mascaro, e Pacific, de Pedroso, deixam de chegar ao público que não é do “gueto” dos especialistas em cinema não por sua qualidade, “mas pelo sistema de distribuição esquizofrênico existente” hoje no País. Apesar de não haver um “movimento” propriamente dito, essa geração tem questões bastante próximas: “São filmes bem preocupados com o que é o cinema, não são filmes que se importam apenas com a mensagem, eles têm no horizonte uma vontade de ser algo a mais. Quase como o encontro de duas ideias marcantes no cinema brasileiro: enfrentar a realidade, como propunha o Cinema Novo, junto com a proposta de reconstruir o cinema, propor outras linguagens, uma certa ironia, como propunha o Cinema Marginal. Não que esses filmes fiquem citando Gláuber e Sganzerla, mas eu vejo nesse grupo de filmes uma vontade que me parece vir tanto daqui quanto dali”, analisa Heitor, ressaltando sua relutância em soar “herético”.
Documentos de uma época em que ainda era possível fazer alguma coisa
“Para mim, a questão não é a presença ou a ausência de política na obra de arte. O que me interessa muito é a potência política que emana a partir dela como experiência e processo”, afirmou Gabriel Mascaro em entrevista concedida à Fórum, de Paris, onde participa há alguns meses de uma residência artística em uma universidade francesa. Em seu mais recente filme, o documentário Doméstica, Mascaro entregou câmeras de vídeo para sete adolescentes, que filmaram o cotidiano de suas empregadas domésticas por uma semana antes de entregar o material bruto para o diretor, que a partir daí brinda o espectador com um poderoso e bem engendrado retrato das relações de poder, cordialidade e desigualdade vividas no cotidiano de famílias de classe média.
Segundo Mascaro, o que mais lhe interessou no filme “foi a capacidade de fabular sobre a negociação da imagem empreendida entre os jovens e as empregadas, cada um a seu modo”. “Se os jovens aproveitaram uma relação de poder dada para adentrar na intimidade da empregada, ou se as empregadas usaram esse artifício audiovisual na relação para se autoficcionalizar, o que me deixa feliz é a potência dessa imprecisão política e ética que emana no filme do início ao fim”, apontou.
Classe média que também é o alvo de Pacific, de Marcelo Pedroso, documentário que se utiliza apenas de registros feitos por passageiros de um cruzeiro – gravações realizadas antes que eles recebessem a proposta de cedê-la ao filme – para refletir sobre “um certo tipo de felicidade”, como resumiu Heitor Augusto. Entre aulas de ginástica nas piscinas e coquetéis de gala com o comandante do navio, cada imagem diz mais do que mil palavras não só sobre os desejos e ambições desses personagens que sonharam com o momento de passar o ano-novo em um navio, como também sobre a sociedade do espetáculo, sobre a consolidação da tecnologia e da imagem como mediadoras das relações sociais mais diversas, cotidianas e íntimas.
“Havia primeiramente uma inquietação sobre a classe média brasileira, uma vontade de problematizá-la – reconhecendo-me eu mesmo nela”, relatou Pedroso à Fórum. “Mas as questões em torno da imagem, da subjetividade presente nelas, da relação com o consumo e do próprio padrão de felicidade buscado pelas pessoas se tornaram muito importantes – em igual proporção ao reconhecimento do afeto, de uma dimensão singela das relações interpessoais, da própria fragilidade humana presente no desejo bulímico de tudo registrar”, continuou.
Além de retratar as classes médias e superiores e sua mediocridade intelectual e ética, como explicita também o polêmico Um lugar ao sol, no qual Mascaro entrevistou moradores de cobertura nem sempre sendo sincero com eles, O som ao redor condensa outros elementos em comum com essa geração de realizadores, como a reflexão sobre a cultura do medo e o consumismo, o olhar sobre a desigualdade social com base no contexto urbanístico, a crítica à especulação imobiliária e ao racismo, a busca pela experimentação e o requinte formal.
“Os filmes serão documentos para o futuro, talvez de uma época quando, em visão retrospectiva, ainda teria sido possível fazer alguma coisa”, apontou Mendonça em artigo publicado na revista online Continente, prosseguindo: “De fato, o problema é menos a cidade e bem mais o que estão fazendo com ela.” “A demolição e a alteração do espaço urbano subtraem obrigatoriamente o que existia antes. A cada novo projeto anunciado e aprovado pelos que deveriam proteger o Recife, vemos sumirem cada vez mais as possibilidades de um espaço público mais sensível, mais inteligente, mais humano”, complementa o diretor.
“Os filmes se voltam para o que seria uma violência seminal: uma investigação em torno do cisma social brasileiro, sua origem e permanência”, resumiu Marcelo Pedroso, ressaltando também um outro aspecto importante do caráter crítico dessas diversas produções: a busca por um tom distante do panfletário e doutrinário que permeou boa parte da cinematografia “engajada” brasileira. “O que faz sentido nos filmes, o que os justifica é a capacidade que eles podem ter de articular um pensamento crítico do mundo. Essa é a política que lhes cabe”, apontou.
Heitor Augusto qualifica O som ao redor como “espetacular”, vendo nele a importância para o cinema brasileiro contemporâneo que tiveram Terra estrangeira, de Daniela Thomas e Walter Salles, para a produção da década de 1990, e Cidade de Deus, para os anos 2000. Ressalta, ainda, a compreensão da diferença de tom em relação à abordagem política como fundamental não só para o entendimento do filme de Mendonça Filho, como para o de uma parte relevante da produção pernambucana recente.
“A gente sempre teve um cinema bem didático, bem marcado, dos anos 1980 pra cá, os filmes do Sérgio Bianchi, da Lucia Murat, nos quais você percebe uma dramaturgia inteiramente engessada, colocando sempre a mensagem e sempre a nobreza do tema do filme acima de qualquer coisa”, analisa o crítico, colaborador de publicações como InterlúdioRolling Stone eValor Econômico, que diz não ver essa postura nos trabalhos dessa nova geração pernambucana, que seria responsável inclusive por aprofundar as proposições dos cineastas pernambucanos da geração anterior, composta por nomes como Claudio Assis, Adelina Pontual, Lírio Ferreira, Paulo Caldas, Marcelo Gomes e Hilton Lacerda cuja expressão primeira foi o filme Baile perfumado, lançado em 1997.
Para Augusto, essa geração anterior teria perdido “o protagonismo e a capacidade de estar na frente para falar sobre o que estamos vivendo e também a capacidade de fazer filme bom”. “O som ao redor dá muito mais conta de pensar sobre como fazer uma inserção política na pós-modernidade do que, por exemplo, A febre do rato, do Cláudio Assis, que a meu ver não ajuda a pensar o presente”, avalia.
Por que Recife? 
Gabriel Mascaro define como “orgânica” a conexão entre seus trabalhos e os produzidos por seus colegas pernambucanos contemporâneos, mas ressalta: “A parceria e a admiração é real e sincera. Mas não saberia dizer ao certo se estamos em curso num ‘movimento’. A aproximação temática ou estética é mais acidental que planejada.” Questionado sobre o porquê de esse grupo surgir exatamente em Recife, Marcelo Pedroso supõe que “deve haver uma série de fatores que ajudaram a criar uma base consistente de produção. Vejo sempre com muito carinho a importância que tiveram, e ainda têm, as atividades do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco”, que tem curadoria de Luiz Joaquim em parceria exatamente com Kleber Mendonça Filho. “Nos últimos dez anos, foi um dos mais importantes espaços de formação em cinema da maioria do pessoal que está fazendo filmes hoje. Era lá que víamos os filmes, que os debatíamos, que nos encontrávamos. Lá e nos cineclubes das faculdades. Hoje é diferente, todo mundo consegue ver os filmes que quiser simplesmente baixando-os pela internet. Mas o cinema da Fundaj ajudou a despertar em muitas pessoas o interesse por audiovisual.”
Para o crítico Heitor Augusto, não é fácil encontrar uma resposta que indique o porquê do surgimento dessa cena em Recife. Ele ressalta o surgimento e a difusão do movimentomanguebeat, liderado por Chico Science, como importante nesse processo, por haver ali uma “retomada de um protagonismo, mas um protagonismo de jovem, o que ajuda a constituir uma cena”. Ele lembra também de outro aspecto, a forte especulação imobiliária em curso no Recife, que tem mudado a cara da cidade. “Em muitos desses filmes fazer cinema político e pensar a realidade estão completamente ligados a um modelo de cidade. Talvez eles estejam mais dispostos a tocar nesses temas porque essa cidade está mudando com mais força na cara deles agora.”
Mascaro destaca um outro fator: o apoio estatal. “Acho que em Pernambuco existe uma importante cena que possibilitou não só a realização dos meus projetos com fundos estaduais, mas também a continuidade dessa pesquisa. Isso envolve a organização dos realizadores e artistas e também o fortalecimento das políticas públicas locais.” Do orçamento total de O som ao redor, R$ 550 mil foram provenientes do fundo para o audiovisual do governo do estado de Pernambuco, por exemplo. Augusto concorda com a importância desse fator, lembrando que “talvez do Nordeste inteiro, Pernambuco seja o único estado que tem uma política de incentivo no nível de São Paulo e do Rio de Janeiro”. “Então, além de inquietação estética, de cineastas talentosos, existe ali uma questão de política cultural, uma produção regular e constante”, salienta, antes de concluir: “Mas acho que ninguém tem essa resposta, até mesmo os realizadores de lá não têm; em debates, eles chegam a brincar dizendo que ‘deve ser algo que tem lá na nossa água’.”
Tanto Augusto quanto Pedroso fizeram questão de destacar, em suas entrevistas, que mesmo que esteja em evidência e apresente bons nomes e novos valores, o cinema pernambucano não detém a exclusividade do cinema de qualidade no Brasil atualmente. Citaram como exemplos interessantes a recente produção cearense ou o filme vencedor do último Festival de Tiradentes, A cidade é uma só, que fala sobre a formação de Ceilândia, na periferia de Brasília.
Pedroso, no entanto, acha que a repercussão de O som ao redor não é suficiente para resolver os problemas do cinema brasileiro: “É uma grande surpresa. Do jeito que o mercado está, o filme ter chegado a essa quantidade de público é algo realmente animador. Mas, de modo geral, acho que estamos no caminho errado”, afirmou, vendo no atual cenário um “problema estrutural mesmo, não é só do mercado ou de divulgação”. Para o diretor, a sociedade brasileira como um todo precisaria se repensar em termos de cultura (arte em geral, cinema etc.) e criar mecanismos que viabilizem um outro tipo de consumo”. F

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Anistia de Honestino Guimarães será julgada em sessão histórica

O Brasil volta a pedir desculpas às pessoas que foram perseguidas durante a ditadura militar. Nesta sexta-feira (20), o Ministério da Justiça irá realizar, em Brasília, a 73ª Caravana da Anistia, cujo ponto alto será a apreciação do requerimento de anistia post mortem do ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Honestino Monteiro Guimarães.


Anistia de Honestino Guimarães será julgada em sessão histórica
A realização da Caravana da Anistia dentro da Universidade de Brasília tem significado muito especial porque era a "Casa do Honestino".

A homenagem terá início às 9 horas, no Memorial Darcy Ribeiro, no campus da Universidade de Brasília (UnB), onde Honestino estudou e militou politicamente. Na ocasião serão homenageados os homens e mulheres que foram perseguidos em razão de sua fidelidade ao projeto democrático da UnB.


Para o presidente da Comissão de Anistia e secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, esta sexta-feira será um dos dias mais importantes que história da Comissão de Anistia já produziu, pela simbologia do que ele representa. 

“Pedir desculpas públicas à família do Honestino pelas perseguições que ele sofreu em vida e, posteriormente, pela responsabilidade do Estado no seu desaparecimento é, ao mesmo tempo, pedir desculpas a todos os estudantes que foram impedidos de realizar os seus projetos de vida durante a Ditadura Militar”, explicou o secretário.

Reparação simbólica e moral

Ainda segundo Paulo Abrão, essa reparação a Honestino Guimarães tem um caráter de reparação simbólica e moral. A família do ex-presidente da UNE não solicitou qualquer valor. “É o Estado pedindo desculpas aos familiares, e com isso reconhecendo que foi ele quem deu causa aos sofrimentos que o Honestino e seus familiares tiveram ao longo do tempo”, definiu. 

“Isso permite à gente reencontrar a história e permite a produção de uma memória que esteja amparada na narrativa das vítimas, e não exclusivamente nos documentos oficiais produzidos pela repressão, que muitas vezes continham dentro de si informações inverídicas para justificar a violência do Estado contra as pessoas”, concluiu.

De acordo com Paulo Abrão, a realização da Caravana da Anistia dentro da Universidade de Brasília tem também um significado muito especial para o Ministério da Justiça. “Realizar este ato dentro da UnB, que era a ‘casa’ do Honestino, a universidade que o acolheu e pela qual ele lutou, também tem uma simbologia importante, porque ao mesmo tempo resgata o papel de resistência que a instituição de ensino cumpriu à época do regime militar. E não é à toa que muitos professores e outros estudantes foram afastados da UnB” justificou.

“Estamos de algum modo colaborando com a reaproximação da atual UnB com o seu projeto político original, forjado pelo Darcyr Ribeiro, que foi interrompido nos Anos de Chumbo”, acrescentou Abrão.

Imperativo do Estado

O Brasil tem uma lei que prevê a reparação a todos aqueles que foram perseguidos políticos e atingidos por atos de exceção durante a ditadura militar. E é através dela que foi criada a Comissão de Anistia, conselho do Ministério da Justiça que já julgou 60 mil processos em 11 anos. 

“É um imperativo de que o Estado tenha o dever de reparar aqueles que ele mesmo prejudicou de forma deliberada. E a família do Honestino, portanto, apresentou a solicitação formal do reconhecimento de anistia política post mortem dele”, lembrou Abrão.

O requerimento da família de Honestino tramitou dentro da Comissão de Anistia, que realizou uma busca de documentações em arquivos públicos, para corroborar com os fatos que já são notórios em torno das perseguições que ele sofreu. 

“Depois montamos um processo administrativo, que foi distribuído para um conselheiro da Comissão de Anistia, nomeado pelo ministro da Justiça. E nesta sexta-feira, este conselheiro apresentará um relatório conclusivo aplicando a documentação juntada às hipóteses previstas na lei para a reparação”, detalhou o secretário nacional de Justiça.

Da Redação em Brasília
Com informações do MJ


Teses do 13º Congresso Nacional do PCdoB

Teses do 13º Congresso do PCdoB:http://www.pcdob.org.br/interna.php?pagina=logomarca_congresso.htm

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Bom dia, Titãs!


Defesa pelo Marco Civil da Internet tem apoio de Dilma

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu, na segunda-feira (16), no Palácio do Planalto, com integrantes do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIB) e se posicionou favoravelmente à neutralidade da rede – princípio segundo o qual todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma e com a mesma velocidade. Em entrevista ao Blog do Planalto, integrantes do CGIB demonstraram otimismo com as posições da presidenta.



De acordo com o professor Sérgio Amadeu, representante do terceiro setor no CGIB, foram tratadas questões relevantes na reunião, como a aprovação do Marco Civil da Internet, segurança da informação, inimputabilidade da rede e privacidade dos usuários e do governo.

O Comitê reinterou seu posicionamento favorável sobre a aprovação do Marco Civil com a neutralidade da rede, da liberdade de expressão e da privacidade. Também foi tratada da preocupação de não se permitir a remoção de conteúdo sem ordem judicial.

“Nós também colocamos a nossa preocupação de não desvirtuar o Marco Civil como, por exemplo, permitindo a remoção de conteúdos sem ordem judicial. Ela[a presidenta Dilma] disse que também não concordava com isso[a alteração] e pediu para que se tomássemos providências. Então, achamos que a reunião foi excelente e espero que a gente consiga aprovar rapidamente o Marco Civil”, declarou o ativista Sérgio Amadeu. ele se referiu à inclusão do parágrafo 2º, artigo 15, que estabelece a retirada de conteúdos da internet com base na lei de direitos autorais (copyright), sem a necessidade de uma ação judicial. O texto original do PL impede a censura garantindo a permanência de conteúdos, que só poderão ser retirados com ordem judicial. Além disso, o texto do Marco Civil retira a responsabilidade sobre as publicações dos servidores, determinando que somente o autor da publicação é quem deverá ser acionado em caso de ação judicial.



Com informações do Blog do Planalto

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Boa semana, Mário Quintana!

"Se as coisas são inatingíveis...ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas."

Mário Quintana...

Conmebol anuncia datas das oitavas da Sul-Americana

O calendário ainda não havia sido divulgado por falta de datas em meio à disputa do Campeonato Brasileiro


Da Agência Estado

A Conmebol confirmou nesta segunda-feira as datas das partidas de volta dos clubes brasileiros nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O calendário ainda não havia sido divulgado por falta de datas em meio à disputa do Campeonato Brasileiro. Mas, como previsto, esses jogos serão na semana do dia 23 de outubro, quase um mês após a ida.

Assim, o São Paulo vai ao Chile para pegar a Universidad Católica no dia 23, uma quarta-feira, às 20h50 pelo horário de Brasília. Ao mesmo tempo, o Sport vai enfrentar o Libertad, em Recife.

Na quinta, às 22h00, o Coritiba vai visitar o Itagüí, na Colômbia. A Ponte Preta jogará em território colombiano dois dias antes, às 21h15, contra o Deportivo Pasto. O Bahia, que também terá um time da Colômbia como rival, vai receber o Atlético Nacional na quinta, 19h30, na Fonte Nova.

As datas da Copa Sul-Americana são as mesmas da Copa do Brasil. O torneio nacional, porém, está duas rodadas adiantado e, nessas datas de outubro, realizará as partidas de volta das quartas de final. Assim, a Sul-Americana se estenderá até o meio de semana seguinte à última rodada do Brasileirão.

Fonte: JC Online

Resultados do Teste ANPAD - edição de setembro de 2013


Maiores informações: http://www.anpad.org.br/teste_anpad.php

Fonte: http://profmilton.blogspot.com.br/2013/09/gabarito-teste-anpad-setembro2013.html

Dirigentes da Petrobras e da ANP falam sobre espionagem

A CPI da Espionagem vai realizar reunião conjunta, esta semana, com duas comissões técnicas do Senado – de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Assuntos Econômicos (CAE), para ouvir a presidenta da Petrobras, Graça Foster, e a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, sobre as denúncias de que a agência de segurança nacional dos Estados Unidos – a National Security Agency (NSA) – teria espionado a Petrobras, a maior estatal do país.



Nesta terça-feira (17), às 11h30, as três comissões ouvem a diretora-geral da ANP. Na quarta-feira (18), às 9 horas, será a vez da presidenta da Petrobras ser ouvida pelas comissões.

As reuniões ocorrem antes do leilão para exploração do Campo de Libra, na Bacia de Santos, marcado para 21 de outubro. Esse é um dos principais campos petrolíferos da camada pré-sal no Brasil, que tem potencial estimado entre 26 bilhões a 42 bilhões de barris de petróleo, cujo valor poderá ultrapassar US$ 1 trilhão.

Os senadores querem saber se a lisura do leilão pode ter sido comprometida devido à espionagem. As autoridades terão de responder se sentem segurança para a realização desse leilão frente a possíveis quebras de dados sigilosos, que poderiam beneficiar algum dos concorrentes.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Valorização do professor será prioridade para uso dos royalties

É o que disse a presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (13), durante a formatura de 2.634 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec-Brasil sem Miséria), em Uberlândia (MG). Segundo Dilma, a valorização dos professores será uma das prioridades dos investimentos em educação, a partir dos recursos que virão dos royalties do petróleo.


 
 Dilma discursou durante formatura de alunos do Pronatec em Uberlândia. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Na segunda-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que destina 75% desses recursos à educação e 25% à saúde. Segundo a presidenta, os recursos dos royalties dão garantias para que o Brasil possa investir de forma maciça em educação pelos próximos 30 a 50 anos, o que, em primeiro lugar, significa pagar bem os professores, desde a creche até a pós-graduação. “Não haverá como nós conseguirmos dar educação de qualidade para qualquer nível [de ensino] se não tivermos professor qualificado, bem pago, se a sociedade não valorizar a profissão de professor”, disse Dilma, durante discurso no Ginásio Municipal Presidente Tancredo Neves, conhecido como Sabiazinho, na cidade mineira.




Dilma também reforçou a importância das creches, do ensino na idade certa e de escolas em tempo integral, para que o país atinja um nível educacional comparável ao dos países desenvolvidos. A presidenta disse a defasagem de aprendizado das crianças em idade de alfabetização - que deveriam saber ler e interpretar textos simples e realizar as quatro operações matemáticas - é um problema “seriíssimo”.

“Em alguns estados da Federação, 35% das crianças aos 8 anos de idade não sabem ler e escrever de forma simples nem fazer as quatro operações. Para isso, vamos ter que investir, qualificar professor. Professor alfabetizador, nós temos que tratar como uma das pessoas mais importantes deste país, porque alfabetiza o futuro deste país”, disse Dilma.

A educação em tempo integral também é vista pela presidenta como essencial para a mudança no patamar de desenvolvimento do país.

“Nenhuma nação é desenvolvida sem ensino em dois turnos. Criança não pode ficar pouco tempo no colégio, tem que ficar tempo suficiente para ter uma qualidade de ensino que garanta que os brasileiros e as brasileiras estejam no mesmo nível educacional dos países desenvolvidos”, disse Dilma. Segundo ela, no segundo turno escolar, as crianças devem reforçar o estudo de português, matemática, ciências e de uma língua estrangeira.

A presidenta Dilma está retornando para Brasília neste momento e, no fim do dia, embarca para Porto Alegre, onde passará o fim de semana. Na segunda-feira (16), ela participará, na cidade gaúcha de Rio Grande, da cerimônia de conclusão da construção da plataforma P55, no Estaleiro Rio Grande.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Boa noite! Boa música!


Artista: Alçeu Valença 
Música: Dona de 7 Colinas

Royalties vão garantir educação e independência, afirma Dilma


“Essa lei tem o condão de aumentar e reafirmar, nessa semana da independência, a independência do nosso povo, porque eu tenho certeza que com educação de qualidade todos os brasileiros serão mais independentes, livres e felizes”. Com essas palavras e muitos aplausos foi encerrada, na tarde desta segunda-feira (9), a solenidade de sanção da lei que destina os royalties do petróleo para educação e saúde.

Presidência da República

A presidenta Dilma, com as autoridades, na abertura do evento; e com os estudantes, no encerramento.



A presidenta Dilma reafirmou a fala do ministro da educação, Aloísio Mercadante, quando disse que “não somos uma economia primária de ‘commodities’. Vencemos esses desafios e vamos vencer outros tantos”, lembrando que o Brasil hoje já produz plataformas, além de explorar petróleo, “e agora vai produzir educação com os recursos que saem do fundo do mar, tornando irreversível o fim das desigualdades no país”, afirmou.

Os discursos foram todos seguidos de muitos aplausos dos estudantes que lotaram o Salão Nobre do Palácio do Planalto. Além da presidenta Dilma, falaram também na solenidade a presidenta da União nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros e os ministros da Educação e Saúde, Alexandre Padilha. Todos destacaram a data como momento histórico para o país que deve ter na oferta pública e de qualidade de educação e saúde as pedras fundamentais para o desenvolvimento do país.

Fizemos muito pela educação, mas ainda a muito o que fazer e nós devemos fazer muito mais, disse a presidenta Dilma, comemorando “essa decisão (de destinar os royalties do petróleo para educação e saúde) que uniu as forças políticas, sociais e econômicas do nosso país”. 

Citando um educador estadunidense, a presidenta afirmou que “se você acha que a educação é cara, experimente a ignorância”, dizendo que a afirmativa serve também para a questão da saúde. 

Melhores salários

 

A presidenta Dilma arrancou aplausos calorosos da plateia, quando defendeu o pagamento de melhores salários para os professores, novamente reafirmando a fala do Ministro da Educação, que disse, em seu discurso, que “os royalties devem servir não só para melhorar a qualidade da educação, mas deve pagar melhor os professores, para termos os melhores profissionais na sala de aula, se queremos transformar essa nação em um país desenvolvido”. 

Além de melhores salários para os professores, que representa investimento tão importante quanto investir em médicos, para torná-los mais respeitados pelos alunos e pela sociedade, com estima elevada e ‘status’ especial na sociedade, a presidenta Dilma disse que a lei vai ajudar a ampliar a creche e educação infantil, acelerar o pacto pela educação na idade certa e aumentar a interiorização do ensino superior e centros tecnológicos. 

E que a melhoria na educação vai permitir um salto na qualidade de todas as atividades do Brasil, da qualificação profissional até a pesquisa, e garantir uma melhor competitividade do Brasil. 

E destacou que foi o próprio conhecimento – a descoberta da camada do pré-sal - que permitiu que os recursos do petróleo fossem destinados à educação. Para ela, é justo que o que foi produzido pelo conhecimento seja destinado para o conhecimento. 

Luta dos estudantes

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros, a primeira a falar na solenidade, lembrou a luta dos estudantes, desde a descoberta da camada do pré-sal, para que os recursos fossem destinados para educação. 

“A mesma UNE que participou da campanha do Petróleo é Nosso, lutou pela destinação dos royalties do petróleo do pré-sal para educação”, afirmou, destacando essa como “uma das maiores conquistas da história da educação brasileira”. 

Segundo ela, a educação avançou muito nos últimos anos, mas ainda existem problemas que precisam ser enfrentados e isso só será possível com mais recursos até alcançar a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação.

Orçamento impositivo

O ministro da Saúde comemorou os recursos a mais para a saúde, lembrando que, para um país da dimensão geográfica do Brasil, é um grande desafio oferecer à sua população atendimento médico desde a vacina até o transplante de órgão. 

“O dia de hoje é um passo decisivo nessa caminhada”, disse o ministro, para quem o SUS representa o único atendimento médico para 145 milhões de brasileiros. E cobrou que o orçamento impositivo coloque 50% das emendas parlamentares para financiar a saúde no país. 

A presidenta Dilma confirmou a fala do ministro da Saúde, quando também cobrou a destinação do orçamento impositivo das emendas parlamentares para a saúde. Padilha lembrou que desde o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o Sistema Único de Saúde (SUS) não recebeu nenhuma nova fonte de financiamento.

Base sólida

O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, também discursou. Para ele, esse será o maior legado do Governo Dilma ao país, atribuindo à presidenta a luta pelos 100% dos royalties do petróleo para educação. 

Para Mercadante, a nova lei vai preparar o país pós-petróleo, para viver sem aquela riqueza, que não é renovável. Precisamos fazer uma base sólida para isso, e é a educação que fará isso, produzindo pesquisa e inovação, que vai permitir dar esse salto, inclusive para descobrir novas fontes de energia, disse.

Ele lembrou que o Brasil não tem o direito de repetir os erros cometidos por outros impérios petrolíferos, evitando a doença holandesa, que cria uma economia parasitária, vivendo apenas da riqueza do petróleo. 

De Brasília
Márcia Xavier
Fonte: Portal Vermelho

Avaliação Nacional dos cursos de administração 2013

Adiministração de Empresas da UFPE fica bem classificado em avaliação dos cursos de administração em todo o País.

Confiram no link: http://ruf.folha.uol.com.br/2013/rankingdecursos/administracaodeempresas/

Rodrigo Amarante é uma das atrações do festival Coquetel Molotov deste ano

Alguns dos nomes que se apresentam nesta edição foram divulgados nesta segunda-feira pela produção do eventi

Publicado em 09/09/2013, às 15h00


Do JC Online

Amarante apresenta sue primeiro trabalho solo no festival / Foto: Divulgação

Amarante apresenta sue primeiro trabalho solo no festival

Foto: Divulgação

A produção do festival No ar: Coquetel Molotov divulgou nesta segunda-feira (9) os primeiros nomes dos que irão se apresentar na edição deste ano, a 10°, marcada para os dias 18 e 19 de outubro. O eterno Los Hermanos, Rodrigo Amarante, o grupo paulista Metá Metá e a rapper Karol Conká serão três dos artistas a tocar no festival que continua acontecendo no Teatro da UFPE.
No final de semana que precede o dos shows, uma prévia do festival acontece com apresentações musicais ao vivo durante a programação do projeto Recife Antigo de Coração, no bairro do Recife.
Amarante apresenta seu primeiro disco solo, Cavalo, na ocasião. Show, este, que deveria ter acontecido no Abril Pro Rock mas foi cancelado pelo músico. As datas de início de venda dos ingressos e seus valores ainda não foram divulgados.

Fonte: JC Online