quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Stalingrado salvou a humanidade da sanha nazi-fascista

Por volta de setembro de 1942, a soma das conquistas de Hitler era estarrecedora. O Mediterrâneo havia se tornado praticamente um lago do Eixo, a Alemanha nazista e a Itália fascista dominando a maior parte da costa setentrional, desde a Espanha até a Turquia e a costa meridional da Tunísia até cerca de 100 quilômetros distante do rio Nilo.

Por Max Altman

As tropas da Wehrmacht mantinham guarda desde o cabo setentrional da Noruega, no Oceano Ártico, até o Egito; da ocidental Brest no Atlântico até a parte sul do rio Volga, às bordas da Ásia Central. Regimes fascistas pré-existentes e governos fantoches faziam o jogo do Reich nazista. França, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, os Bálcãs, a Grécia e outras mais já haviam sido engolidas pelas Panzer Divisionen.

Em fins do verão de 1942, Adolf Hitler parecia estar em esplêndida situação. Os submarinos alemães estavam afundando 700.000 toneladas por mês de barcos britânicos e americanos no Atlântico, mais do que se poderia substituir nos estaleiros navais dos Estados Unidos, Canadá e Escócia, então em franco progresso.

As tropas nazistas do 6º Exército do marechal Friedrich von Paulus haviam alcançado o Volga, exatamente ao norte de Stalingrado em 23 de agosto. Dois dias antes, a suástica tinha sido hasteada no monte Elbruz, o ponto mais alto das montanhas do Cáucaso (5.642 metros). Os campos petrolíferos de Maikop, que produziam anualmente 2,5 milhões de toneladas de petróleo, haviam sido conquistados em 8 de agosto. 

No dia 25, os blindados do general Kleist chegaram a Mozdok, distante apenas 80 quilômetros do principal centro petrolífero soviético, nas imediações de Grozny e a cerca de 150 quilômetros do mar Cáspio. No dia 31 de agosto, Hitler ordenou que o marechal-de-campo List, comandante dos exércitos do Cáucaso, reunisse todas as forças existentes para o assalto final a Grozny, a fim de se apoderar de todos os ricos campos petrolíferos da região. 

Determinou que o 6º Exército e o 4º Exército Panzer se lançassem para o Norte, ao longo do Volga, cercando e sufocando Stalingrado, num vasto movimento envolvente que lhe permitisse avançar de leste e de oeste contra o centro da Rússia, tomando, finalmente, Moscou. Ao almirante Raeder, no final de agosto, Hitler dizia que a União Soviética "era um 'lebensraum' (espaço vital), à prova de bloqueio" o que lhe ensejava voltar-se para os ingleses e americanos que "seriam obrigados a discutir os termos da paz". 

Com essas conquistas vitais o "Reich de mil anos" estaria garantindo sua subsistência e permanência: as vastas estepes da Ucrânia, ubérrimas, a fazer brotar um infindável celeiro dourado de trigais; os abundantes campos de ouro negro a besuntar de energia a máquina bélica e industrial alemã.

As imagens mais longínquas de minha meninice datam dessa época. Registram meu pai, cercado de amigos, debruçados sobre um mapa da Europa estendido sobre a mesa, lupa em punho, rádio em ondas curtas. Esta mesma cena provavelmente estaria se repetindo em milhões de outros lares pelo mundo afora. Anos mais tarde, meu pai, um jovem revolucionário imbuído de ideais socialistas, que no começo dos anos 1930 tinha abandonado a Polônia de governo pró-nazi e anti-semita para vir ao Brasil, relatava a agonia e o horror com que acompanhavam a expansão irrefreável do império nazista.

Quando os cabogramas anunciaram que a infantaria alemã havia atravessado o Don silencioso em direção a Stalingrado, o assombro se instalou. E se a Alemanha nazista derrotasse a União Soviética?

A ideologia da supremacia racial ariana de Hitler se abateria sobre grande parte do mundo. Negros, eslavos, indígenas, árabes, mestiços, mulatos, amarelos, sub-raças e escória social, trabalhariam sob o tacão de ferro do nazismo, como semi-escravos, para a glória da raça superior. Povos inteiros, judeus, ciganos, seriam aniquilados em nome da limpeza étnica. Comunistas, socialistas e liberais seriam confinados em campos de concentração e de lá não sairiam vivos. O colonialismo na África e Ásia ganharia alento. As liberdades seriam espezinhadas e governos lacaios em todos os quadrantes se encarregariam de organizar gestapos em cujos porões um elenco monstruoso de torturas ao som da Deutschland Über Alles seria levado a cabo contra os inimigos do regime. As conquistas sociais dos trabalhadores estariam esmagadas. O progresso, as artes, as ciências sofreriam abalo. 

Além do que, Werner von Braun e seus assistentes em Penemunde estariam aperfeiçoando as mortíferas bombas voadoras de longo alcance com ogivas nucleares e outras máquinas bélicas de alta tecnologia a pender como espada de Dâmocles sobre qualquer país que ousasse desafiar o Reich alemão. E se alguma nação pretendesse enfrentar os interesses do Grande Império Germânico novas ondas de panzers ou de bombas V1 e V2 desencadeariam ‘blitzkriegs’ preventivas para aniquilar pelo terror qualquer tentativa.

Quando o jovem general Konstantin Rokossovsky, levando a cabo as instruções táticas da Operação Uranus ordenadas diretamente de Moscou e arquitetadas pelos generais Alexander Vasilievsky e Vasily Volsky, conseguiu romper, em 19 de novembro, o anel de aço que cercava Stalingrado, a esperança reacendeu. No entanto, a cidade estava sitiada, os seguidos bombardeios da Luftwaffe haviam-na reduzido a escombros. Dia após dia o cerco se apertava e em fins de novembro a zona urbana era invadida. Veio a ordem terminante: defender a todo custo as fábricas Outubro Vermelho e Barricadas que produziam os carros de assalto, a Fábrica de Tratores que construía os blindados T-34 e a estação ferroviária central onde as matérias primas eram desembarcadas.

Iniciou-se então a mais feroz, a mais encarniçada, a mais renhida e sangrenta, a mais dramática das batalhas militares que a História da humanidade conheceu. O terreno coberto de destroços impedia qualquer ação de blindados, a proximidade dos contendores tornava impraticável a cobertura aérea. Só restava calar baionetas e passar a travar a luta casa a casa, corpo a corpo, em cada centímetro de chão. Para ilustrar a tenacidade com que se combatia, basta lembrar que a plataforma semidestruída da estação de trens mudou de mãos sete vezes num único dia. Os operários da Outubro Vermelho empunharam armas e estabeleceram uma muralha de fogo em torno da fábrica. Jamais se havia visto tantas cenas de heroísmo, bravura e coragem, de lado a lado, naquele cenário lúgubre das ruínas da cidade. Nunca antes soldados haviam lutado com tanto denodo para conquistar e defender.

Em 30 de janeiro de 1943, décimo aniversário da subida de Hitler ao poder, o führer fazia uma solene proclamação pelo rádio: "Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória final da Alemanha foi ali decidida". Três dias depois, em 2 de fevereiro, o marechal-de-campo Von Paulus assinava diante do general Vassili Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado, a rendição do 6º Exército alemão. A transmissão da capitulação foi feita em Berlim, através da rádio alemã, pelo general Zeitzler, chefe do Alto Comando da Wehrmacht (OKW) precedida do rufar abafado de tambores e da execução do segundo movimento da Quinta Sinfonia de Beethoven. 

A maior e a mais épica das batalhas da 2ª Guerra Mundial que tivera início em 26 de junho havia chegado ao fim. Foram feitos prisioneiros pelos soviéticos 94.500 soldados alemães dos quais 2.500 oficiais, 24 generais e o próprio marechal Von Paulus. Mortos cerca de 140.000 soldados da Wehrmacht e 200.000 homens do Exército Vermelho. Os soviéticos tomaram do exército inimigo 60.000 veículos, 1.500 blindados e 6.000 canhões. A espinha dorsal do exército nazista e do Terceiro Reich estava irremediavelmente quebrada.

Os mesmos milhões de lares que tinham vivido momentos de apreensão e pavor explodiram de emoção. Hitler havia mordido o pó da derrota. Corações e mentes voltaram-se para glorificar os heróis combatentes do Exército Vermelho e honrar os que tombaram no campo de batalha pela liberdade. A admiração pela extraordinária façanha impunha a pergunta: o que levou aquele contingente de centenas de milhares de jovens a lutar com tal fúria e obstinação? 

Certamente o apelo da Grande Guerra Patriótica, livrar o solo pátrio do invasor. Havia mais. A leitura das lancinantes cartas aos familiares escritas no front deixava evidente a determinação de defender as conquistas da Revolução de Outubro por cuja consolidação seus pais, 25 anos antes, haviam derramado sangue enfrentando e derrotando o exército branco e tropas invasoras de catorze países mobilizados para sufocar no nascedouro a revolução bolchevique.

A partir daí o Exército Vermelho arrancou impetuoso rumo a capital do Reich nazista, abrindo em sua passagem os portões macabros de Auschwitz-Birkenau. As tropas anglo-americanas desembarcam na Normandia em 6 de junho de 1944. No dia 2 de maio de 1945, soldados do destacamento avançado do general Ivan Koniev hasteiam a bandeira soviética no mastro principal do Reichstag. 

Cinco dias depois, numa pequena escola de tijolos vermelhos em Reims, França, na madrugada de 8 de maio de 1945, o almirante Friedeburg e o general Jodl assinam, em nome do que restou da máquina de guerra nazista, diante do general Ivan Susloparov pela União Soviética, e do general Walter Bedell Smith pelos aliados, a rendição incondicional. 

Os canhões cessaram de troar e as bombas deixaram de cair. Um estranho silêncio pairou sobre o continente europeu pela primeira vez desde 1º de setembro de 1939. O mundo estava livre da sanha nazi-fascista.

Porto Vermelho

Lula convida América Latina a criar “doutrina de integração”


O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez o discurso de encerramento da 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo na noite desta quarta-feira (30), em Havana, Cuba, e reforçou que a América Latina deve levar a proposta de maior integração regional além das reuniões e discursos.


Por Moara Crivelente para o Portal Vermelho 


 
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Entre os dias 28 e 30 de janeiro foi realizada a Conferência Mundial que comemorou o 160º aniversário de nascimento de José Martí.

O ex-presidente Lula iniciou o discurso de encerramento do evento pedindo um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia de Santa Maria (RS). Depois, descontraído, Lula referiu-se a Hugo Chávez, dizendo estar usando uma guayabera vermelha em homenagem ao presidente venezuelano. 

Durante os trabalhos finais da conferência, o ex-presidente propôs a criação de uma “doutrina de integração que sistematize desde o ponto de vista intelectual” tudo o que se tem debatido a respeito. Lula se referia à necessidade de levar a proposta de maior integração regional além dos discursos e reuniões, “pois se trata de um processo que pode mudar a história da América Latina”, afirmou. A rede venezuelana Telesur disponibilizou em sua página, o vídeo integral com o discurso do ex-presidente.

Lula foi descrito por Armando Hart, diretor do Escritório do Programa Martiano e presidente do comitê organizador da conferência, como alguém firmemente comprometido com a democracia, com a redução da pobreza, com o combate à fome e com a erradicação da miséria. Foi também caracterizado pelo diretor de “figura-chave do processo de integração que vive hoje Nossa América”, capaz de representar “o compromisso de José Martí com os pobres da Terra”. 

EUA e América Latina

O ex-presidente fez uma série de reivindicações, em especial aos EUA, para que este país mude a sua política externa para a América Latina, principalmente no tocante ao bloqueio contra Cuba, que só subsiste graças à “teimosia” norte-americana, ao “atrevimento de quem não reconhece que perdeu a batalha”. Ainda afirmou que o país tem “ouvidos moucos” quando se trata dos problemas “da nossa querida América Latina”, mas disse que é otimista, que crê “cegamente” e espera que os EUA tenham um olhar diferente para a região ainda durante o mandato do presidente reeleito Barack Obama.

Lula afirmou que o mundo atual exige o aprofundamento da democracia e precisa continuar avançando nas relações internacionais, o que contribui para os esforços de integração regional que devem ser intensificados. Uma das propostas levantadas pelo petista foi a “revolução na comunicação”; o tema, principalmente aliado à problemática dos monopólios midiáticos, já está em debate através de sucessivas propostas para as Leis de Meios e para a democratização e outras regulamentações da mídia. 

Ainda, disse acreditar que o tratamento midiático dispensado à esquerda, tanto no Brasil quanto a líderes como o presidente boliviano Evo Morales e o venezuelano Hugo Chávez, deve-se à “ira” pelo sucesso das políticas socioeconômicas. “Quem iria imaginar que um índio, com cara de índio, com jeito de índio e com comportamento de índio poderia governar a Bolívia? E dar certo!”, indagou Lula. O ex-presidente contou de reuniões que manteve com Evo, “que queria estatizar todas as empresas brasileiras que atuavam na Bolívia”; disse: “a direita brasileira queria que eu brigasse com o Evo”. Continuou: “eu não consigo entender como é que um metalúrgico de São Bernardo do Campo, do Brasil, pode brigar com um índio da Bolívia? Se fosse com o Bush, se fosse com a Angela Merkel... mas com Evo? Era a última coisa que eu faria no mundo”.

Ao falar, com carinho, do presidente Chávez, desejando-lhe melhoras e pronta recuperação, a audiência da conferência interrompeu-o, levantando-se para aplausos e manifestações de apoio. Lula havia se reunido com Chávez, com o ex-presidente e líder revolucionário Fidel Castro, e depois com o presidente Raúl Castro, o que, segundo ele, poderia justificar seu ligeiro atraso. 

Ele contou que conheceu Fidel Castro em 1980, quando esteve na Nicarágua, no contexto da Revolução Sandinista, e reforçou os seus laços de grande amizade com o líder e a sua admiração pelo povo cubano, principalmente pela defesa da sua dignidade e soberania. Mencionou ainda os cinco cubanos, agentes da inteligência cubana, encarcerados nos EUA desde 1998, sob pesadas acusações de espionagem, lembrando que a situação foi tema de uma de suas visitas ao país norte-americano, ainda governado por George W. Bush. Porém, a América Latina parece não despertar o interesse que deveria ao país mais rico do mundo, tão próximo desta região, que tem “condições de produzir muito mais do que muitos outros países”. Lula ressaltou que os estadunidenses só conseguiram enxergar a América Latina quando apoiaram os golpes militares que assolaram a região, na década de 1960. 

Lembrou ainda que a comemoração pelos 160 anos de nascimento de José Martí combina também com os 60 anos do assalto ao Quartel Moncada, “esse movimento tão importante na história da Revolução Cubana”. A ação foi protagonizada por Fidel Castro, em 1953, para tomar as bases dos quartéis em um dos esforços por derrubar o governo de Fulgêncio Batista. 

Ideais martianos

A conferência segue o rumo proposto por vários líderes latino-americanos para a maior integração regional e compreensão do contexto e dos desafios políticos e socioeconômicos com os quais é necessário lidar em unidade. A América Latina atual já vem traçando um caminho progressista importante, com conquistas fundamentais no âmbito social, político e econômico e ainda conseguiu fazê-lo criando mecanismos de integração regional e com ênfase no respeito à soberania nacional de cada país. Um exemplo é a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), criada em 2011 como alternativa a iniciativas em que os EUA participam (como a Organização dos Estados Americanos). A presidência da Celac é exercida atualmente por Cuba, e a comunidade realizou recentemente um fórum entre os 33 países que a integram. 

A conferência insere-se também na discussão sobre o imperialismo e a luta pela independência política e autodeterminação dos povos e nações. A profunda crise sistêmica pela qual o mundo tem passado deu ainda mais voz ao debate e às reivindicações já institucionalizadas na América do Sul pela superação da interferência imperialista, antidemocrática e militarista que ainda se verifica em outras partes do mundo, sobre tudo na África.

As lutas, que esta nova postura anti-imperialista já colocou em prática em todo o mundo, baseiam-se nos movimentos de trabalhadores e da juventude, nas lutas das mulheres, do campesinato, dos movimentos de resistência às guerras e em movimentos de libertação nacional, como ressaltado por José Reinaldo. Ainda, Frei Betto, que recebeu o prêmio José Martí, da Unesco, lembrou que o líder revolucionário foi um destacado cientista social de sua época, e que suas ideias geopolíticas têm plena vigência atualmente. 

A conferência é patrocinada pela Unesco, através do Projeto José Martí de Solidariedade Mundial, e tem como principal mote a afirmação martiana “pátria é humanidade”. Para Lula, é “muito importante que uma instituição multilateral com o peso da Unesco” dê apoio a este tipo de evento. O ex-presidente ressaltou ainda que há necessidade de maior definição e eficácia do processo de unidade latino-americana. 

O tipo de integração a ser almejado (cultural, econômica, física ou universitária, por exemplo), de acordo com Lula, precisa ser esclarecido. Isso “contribuiria para mudar um pouco a história da nossa querida América Latina. A integração não pode ser apenas um discurso em época de campanha eleitoral ou em reuniões de chefes de Estado”. O importante é que os participantes da conferência saíssem dela como aliados em algo novo que se queira construir, reafirmou o ex-presidente.

Com exclusividade para o Portal Vermelho, o editor José Reinaldo Carvalho fala sobre a participação de Lula na conferência, diretamente de Cuba, para o “Ponto de Vista” da Rádio Vermelho.

 Programa Ponto de Vista com José Reinaldo Carvalho em Cuba


Manuela diz que Brasil está “reinventando” a internet

A deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) afirmou nesta quarta-feira (30), durante a Campus Party Brasil 2013, em São Paulo, que o "Brasil está reinventando a (legislação) de internet". Participante das discussões dos projetos de lei do Marco Civil da Internet , que tramita na Câmara - e dos crimes na internet - aprovado ano passado -, ela afirma que o País vive "um belo momento" em termos de legislação da rede.

Segundo a deputada, a demora na aprovação da lei é resultado de disputa política entre "interesses e visões de mundo" diferentes"."Temos uma lei de cibercrimes que não é vigilantista, que somente tipifica os novos crimes; estamos terminando um debate superprofundo sobre a primeira lei no mundo que defende o direito dos usuários; temos um evento como a Campus Party se consolidando. Não é em qualquer país que isso acontece", afirmou.

"A capacidade de mobilização efetiva das pessoas com o uso das redes sociais é impressionante. A gente vê na tragédia de Santa Maria (RS), em que o Hemocentro não conseguia mais recolher doações de sangue", destacou.

Apesar do pioneirismo brasileiro na discussão sobre um marco civil da internet - estabelecendo direitos e deveres de usuários, empresas e governo para o uso da rede -, a votação do projeto se arrasta na Câmara. No ano passado, a votação em Plenário foi adiada inúmeras vezes e acabou ficando para depois do recesso parlamentar, na semana que vem.

A deputada acredita que o projeto deve avançar. "É uma pauta prioritária do presidente (da Câmara, deputado Marco Maia). O relator (o petista Alessandro Molon) conseguiu chegar a textos intermediários nos três artigos mais polêmicos, que tratam de direitos autorais, guarda de logs e neutralidade na rede", afirmou. 

A demora, segundo a deputada, envolve uma disputa política entre "interesses e visões de mundo" diferentes" entre empresas de telefonia e outros setores da sociedade. 

Além disso, ela afirma que, por ser uma lei pioneira, o tempo de discussão é diferente. "A visão do Brasil é pioneira. Leva mais tempo do que copiar uma lei", disse. O aspecto técnico da questão também atrasa as negociações. "A demora na negociação é proporcional ao alto nível técnico do tema", disse.

Fonte: Portal Terra

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Bom dia, Caio Fernando Abreu!

‎' Um dia a gente aprende a conviver com uns. E a sobreviver sem os outros.

- Caio Fernando Abreu

De onde vêm as boas ideias?


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Boa noite, Luís Fernando Veríssimo!

‎"Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança".

Luís Fernando Veríssimo

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Boa madrugada, Clarice Lispector!


A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
Clarice Lispector

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Copa das Confederações: Esporte lança Programa Brasil Voluntário


A participação da sociedade brasileira na Copa das Confederações em 2013 já começou. Nesta terça-feira (22), o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lançou oficialmente o Brasil Voluntário, programa de voluntariado do governo federal que funcionará de forma coordenada ao da Fifa. “Os voluntários estarão diretamente ligados ao sucesso dos eventos”, disse o ministro Aldo Rebelo, lembrando que “o voluntariado é essencial, tanto na parte operacional quanto nas ruas, para auxiliar os turistas”.


Ministério do Esporte
Copa das Confederações: Esporte lança Programa Brasil Voluntário
O ministro destacou o ganho dos voluntários com a interação com visitantes dos mais diversos países.
Serão selecionadas sete mil pessoas para atuar nas seis cidades-sede durante a Copa das Confederações 2013. Outros 4.900 voluntários vão participar das cerimônias de abertura e encerramento, em Brasília e no Rio de Janeiro, respectivamente.

Já para a Copa do Mundo 2014, o programa será ampliado: está prevista a participação de pelo menos 50 mil voluntários nas 12 cidades-sede. Os selecionados atuarão em áreas de fluxo, como pontos turísticos, aeroportos, shopping centers e ‘Fan Fests’, dando suporte aos torcedores, aos turistas, à imprensa não-credenciada e à população em geral.

O processo seletivo terá cinco etapas: inscrição no site; seleção; treinamento à distância (virtual); treinamento presencial nas cidades-sede; e atuação em campo. Todo o processo será realizado dentro de uma nova rede social, em que os candidatos receberão informações atualizadas e poderão interagir. Após concluírem os cursos preparatórios, os participantes ganharão um certificado, emitido pela Universidade de Brasília (UnB).

“Haverá aulas de cultura local, cultura do voluntariado, história do esporte e das Copas do Mundo, datas e personalidades importantes do nosso país, hábitos e costumes regionais, feriados, calendário cultural e esportivo. São informações amplas, prestadas durante o processo de treinamento e adquiridas na formação”, explica o chefe de Gabinete do Ministério do Esporte e coordenador do programa, Vicente Neto. 

Ele explicou ainda que “os voluntários estarão espalhados por todo o país, e temos certeza de que, com a capacitação que será feita, estarão prontos para atender bem os turistas.”

Experiência de vida 

Além da certificação, os voluntários receberão uniforme, alimentação e um seguro de responsabilidade civil e contra acidentes pessoais. Eles também terão o ganho de conhecimento e a interação com visitantes dos mais diversos países. 

“É uma experiência de vida, uma oportunidade para conhecer pessoas, relacionar-se e ter contato com outras culturas. Isso é muito valorizado no mercado de trabalho e vai acrescentar ao currículo de todos que participarem”, destaca Aldo Rebelo.

O evento contou com as presenças da ministra da Cultura, Marta Suplicy; do secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes; do chefe de Gabinete do Ministério do Esporte e coordenador do Brasil Voluntário, Vicente Neto, e do CEO do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Trade.

Serviço:
As inscrições do programa Brasil Voluntário estão abertas até 16 de fevereiro e podem ser feitas por meio doPortal da Copa.




Fonte: Ministério do Esporte


Eduardo garante verbas dos royalties na Educação


Seguindo MP da presidente Dilma, governador assina projeto determinando que recursos dos royalties de petróleo remetidos ao Estado sejam para Educação

Publicado em 23/01/2013, às 00h05

Débora Duque

 / Foto: Igo Bione/JC Imagem

Foto: Igo Bione/JC Imagem

O governador Eduardo Campos (PSB) aproveitou a realização da 8ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) para emplacar uma agenda positiva e, ao mesmo tempo, atender a um pleito da entidade. O socialista assinou nesta terça-feira (22) um projeto de lei, que será encaminhado à Assembleia Legislativa em fevereiro, determinando que 100% dos recursos dos royalties de petróleo remetidos ao Estado sejam investidos em educação.
Em paralelo à iniciativa do governador, uma medida provisória de autoria da presidente Dilma Rousseff (PT) já tramita no Congresso Nacional, estabelecendo que os Estados e municípios destinem ao setor toda a verba proveniente da exploração de novas áreas do pré-sal. Eduardo Campos enalteceu, no entanto, o fato de Pernambuco ter sido o primeiro Estado a elaborar uma lei própria sobre a questão, que, segundo ele, entrará em vigor independentemente da decisão de deputados federais e senadores.
“Os recursos dos royalties são finitos e precisamos vinculá-los a algo que ajude a nação a avançar e deixar um legado para futuras gerações. E não há outro investimento que não Ciência e Educação”, disse na tarde de ontem, antes de seguir para o evento da UNE, em Olinda.
Presidente da entidade, Daniel Iliesco afirmou que a estratégia da UNE é convencer governadores e prefeitos a aprovarem leis locais sobre o assunto para não ficarem a mercê do ritmo do Congresso Nacional. Ele também não poupou elogios a Eduardo e disse não acreditar que a iniciativa esteja relacionada a um possível projeto nacional do socialista. “Não observo pela perspectiva eleitoral. Mas do ponto de vista político é importante para Pernambuco. A ação do governador vai influenciar o Brasil inteiro”, declarou.
Para 2013, a expectativa do governo é de receber R$ 17,3 milhões em recursos do pré-sal, caso seja mantido o veto da presidente Dilma ao projeto de lei que regulamenta a divisão da verba. Atendendo à pressão dos Estados produtores, o governo federal trabalha para que estes fiquem com a maior fatia dos investimentos. Se o veto vier a ser derrubado no Congresso, a secretaria estadual da Fazenda estima que o montante repassado a Pernambuco suba para, aproximadamente, R$ 360 milhões.
VAIAS - A despeito da troca de agrados com a UNE, o governador Eduardo Campos foi vaiado por alguns estudantes, junto com os prefeitos Geraldo Julio (PSB-Recife) e Renildo Calheiros (PCdoB-Olinda), na solenidade de abertura da Bienal da UNE, na praia de Casa Caiada, Olinda.O presidente da entidade exaltou, no microfone, a presença dos três, mas os gestores receberam vaias de parte da plateia quando foram chamados a discursar.

Brasil terá nova base na Antártida


Marinha e Instituto dos Arquitetos do Brasil anunciam concurso para a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz, incendiada há um ano

Publicado em 23/01/2013, às 07h29

Mona Lisa Dourado

“Os prejuízos foram da irreparável perda de duas vidas humanas a toda uma memória que se transformou em cinzas. É muito triste chegar lá, lembrar de como a base era ativa e ver que boa parte dela virou escombros.” A impressão do capitão de mar e guerra Marcelo Seabra, que conversou com a reportagem do Jornal do Commercio em Punta Arenas (Chile), sintetiza o sentimento de quem voltou à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) neste verão. Quase um ano depois do incêndio que destruiu 70% da estrutura da base brasileira no continente gelado e matou dois militares, aos poucos, o cenário desolador começa a abrir espaço para o esboço de uma nova residência do País na Antártida. A Marinha e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) lançaram ontem, no Rio de Janeiro, um concurso para selecionar o projeto arquitetônico das novas instalações da base. Uma “casa” que deve se apoiar sobre três pilares: segurança, conforto e sustentabilidade.

Os detalhes técnicos da licitação serão publicados no Diário Oficial na próxima segunda-feira (28). A partir daí, arquitetos brasileiros ou estrangeiros associados a escritórios do País terão até o dia 14 de março para inscrever suas propostas no sitewww.concursoestacaoantartica.iab.org.br. “A ideia é fazer da estação uma referência, principalmente em relação aos aspectos de inovação tecnológica”, diz o presidente do IAB, Sérgio Magalhães. A energia utilizada no funcionamento da base, por exemplo, deve vir de fontes renováveis. A data de anúncio do resultado da seleção ainda não foi divulgada, mas não deve demorar. É que a reconstrução começa em novembro, com conclusão prevista para fevereiro de 2015. Baseada em experiências de outros países com mais tradição no ambiente polar, a coordenadora para Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Janice Trotte Duhá, acredita que o processo, na verdade, pode se estender até 2019. “O Canadá está construindo uma estação no Ártico, cujo cronograma aponta para sete anos de trabalho. Não conseguiria estimar um período inferior a esse para o caso brasileiro”, explica.
Até lá, as pesquisas científicas – principal razão da presença do Brasil na Antártida – se desenvolverão em paralelo às obras. A maioria das atividades ocorre durante as chamadas Operações Antárticas (Operantar) realizadas nos meses de verão, de outubro a março, quando a temperatura chega até 5ºC e os ventos são mais amenos. No inverno, de abril a setembro, as condições climáticas severas (até -25°) inviabilizam as saídas de campo. Hoje, o País desenvolve 19 projetos na Antártida, além de manter dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia dedicados aos estudos no continente: o Antártico de Preservação Ambiental (INCT-APA) e o da Criosfera (INCT da Criosfera). 
Cerca de 70% das investigações não sofreram interrupções e já retomaram suas atividades em navios da Marinha, nos dois refúgios (mini-estações) localizados nas Ilhas Elefante e Nelson, na Base Antártica Câmara, cedida pela Argentina na Ilha Livingston, e no Criosfera 1, ponto avançado próximo ao Polo Sul, dentro do continente antártico. “O percentual de prejuízo decorrente do incêndio foi inferior a 10%, porque muitos dados já haviam sido enviados para computadores e laboratórios no País”, diz Janice Duhá. Segundo a coordenadora do INCT-APA, Yocie Yoneshigue, os projetos mais afetados foram os de biociências, que se utilizam de uma expressiva quantidade de coleta de materiais.
ESTAÇÃO PROVISÓRIA
Tanto esses quanto os demais estudos que dependem da base deverão ser tocados a partir da próxima temporada 2013-2014 na própria área da Estação Comandante Ferraz, localizada na baía do Almirantado, na Ilha Rei George (ver mapa). Lá, estão sendo montados 29 módulos emergenciais, pouco menos da metade dos 63 que a EACF possuía antes. Instalada pela empresa Weatherhaven Canada Resources, a estrutura provisória terá capacidade de acomodar cerca de 60 pessoas, contando com dormitórios, banheiros, refeitórios, cozinha, laboratórios, enfermaria e geradores, além de estações de tratamento de esgoto e área de armazenamento de resíduos. “Serão empregadas as mais novas tecnologias resistentes ao fogo e dentro dos padrões de segurança para a operação na Antártida”, destaca o contra-almirante José Roberto Bueno Junior, diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha.
Também estarão disponíveis as estruturas isoladas do prédio principal da EACF que permaneceram intactas após o incêndio. Caso dos refúgios de emergência, dos laboratórios de meteorologia, química e estudo da alta atmosfera, da Estação Rádio de Emergência e do heliponto. Escaparam ainda do fogo tanques de combustíveis e dois módulos de captação de água doce. Durante o inverno, 15 militares do Grupo Base da Marinha, responsáveis pela manutenção da estação e apoio às pesquisas, já permanecerão na Antártida ocupando os módulos, à espera dos cientistas no próximo verão.
A preparação do terreno da nova base envolve 76 pessoas, entre civis e militares, que trabalham no desmonte da EACF. Iniciada em novembro, a remoção da parte incendiada foi concluída no último dia 12, informa Bueno Junior, com a retirada de 800 toneladas de destroços, que voltarão ao País no mês de abril. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), todo o trabalho segue as normas estabelecidas em tratados internacionais. “As diretrizes para a elaboração do plano de desmonte pautaram-se no princípio da precaução, considerando que todos os materiais removidos podem estar contaminados, o que sugere tratá-los como perigosos”, afirma a analista Jaqueline Madruga. A próxima etapa será a limpeza da área.
Para erguer uma estação no “estado da arte”, a verba prevista é de R$ 100 milhões. Na avaliação da comunidade científica, se for acompanhada de um aumento dos recursos para pesquisa, a nova base elevará a um patamar de vanguarda o Programa Antártico Brasileiro, que completou 31 anos este mês.

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Jefferson Simões (E) e Heitor Evangelista festejam instalação do Criosfera 1 em janeiro de 2011
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Gigantes dos mares garantem pesquisas brasileiras na Antártida


Navios Almirante Maximiano e Ary Rongel dão suporte a investigações científicas em áreas como oceanografia, hidrografia, geologia, biologia marinha e geofísica

Publicado em 23/01/2013, às 07h40

Mona Lisa Dourado

PUNTA ARENAS (Chile) – Dois gigantes dos mares garantem a continuidade das pesquisas brasileiras na atual Operação Antártica (Operantar 31). O Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel (H-44) e o Navio Polar Almirante Maximiano (H-41) viabilizam as investigações científicas no continente branco em áreas como oceanografia, hidrografia, geologia, biologia marinha e geofísica. Incorporado à Marinha em abril de 1994 para substituir o antigo Barão de Teffé, o Ary Rongel atua na retaguarda das equipes que trabalham no desmonte e limpeza da EACF, além de alguns projetos científicos. Já o mais jovem e moderno “Max”, como é conhecido, opera desde fevereiro de 2009 em atividades operacionais voltadas à pesquisa. “Com o apoio das embarcações, vamos atender plenamente a todas as solicitações da comunidade científica nesta temporada. Cerca de 200 pesquisadores subirão a bordo”, contabiliza a coordenadora para Mar e Antártica do MCTI, Janice Trotte Duhá.
A grande vantagem dos navios é a mobilidade. “Recebemos, deixamos e buscamos pesquisadores em diversas partes na mesma operação, chegando a lugares isolados que de outra maneira não seria possível”, explica o comandante do Max, Newton Pinto Homem. “Este ano a atividade está muito intensa. Já iniciamos oito projetos”, acrescenta.
Quando a reportagem do visitou a embarcação no porto de Punta Arenas (Chile), às vésperas do retorno do navio à Antártida após o recesso de fim de ano, uma nova leva de cientistas começava a se instalar. Entre eles, a professora Wânia Duleba, ligada ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. A cientista estuda emanações de hidratos de gás metano na região da Ilha Marambio (Mar de Weddel), fenômeno que pode ter relação com as mudanças climáticas atuais. Só a demanda dessa pesquisadora dá uma ideia da complexidade da logística articulada a partir dos navios. “Para chegar à área da coleta, preciso de um bote, um mergulhador e dois marinheiros, além de uma série de equipamentos, como ecobatímetros e sensores de temperatura, salinidade e pressão”, descreve.
Segundo Pinto Homem, a organização para suprir cada um dos projetos “é como um castelo de cartas”. Ainda mais considerando os humores do clima num lugar onde o tempo vira de mar de almirante para ventos de 120 km/h em poucos minutos. “A partir do momento em que os projetos são designados, recebo um formulário logístico em que são detalhadas as demandas deles. Mas estamos sempre fazendo adaptações, porque a nossa prioridade em campo é a segurança das pessoas. Muitas vezes até temos que negar certos pedidos.”

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Embarcações transportam militares e pesquisadores pelos mares austrais
Marinha do Brasil/Divulgação
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Com capacidade plena, o Almirante Maximiano transporta 106 passageiros, sendo 33 pesquisadores, divididos em camarotes para um a quatro ocupantes, com banheiro interno ou compartilhado. Conforto não é bem o forte de uma navio dedicado ao trabalho científico, mas o arsenal que faz dele um centro de pesquisas flutuante, esse sim chama atenção. São cinco laboratórios, sendo dois secos, dois molhados e um misto. Em geral, cabe a cada projeto equipá-los de acordo com necessidades específicas. Como padrão, há computadores e um super freezer capaz de conservar amostras a 86 graus negativos.
Entre os equipamentos, são disponibilizados um guincho oceanográfico capaz de medir e coletar água a até 8 mil metros de profundidade e outro geológico, que coleta amostra de solo marinho a 10 mil metros. Uma estação meteorológica dispõe de avançados aparelhos de oceanografia, como um monofeixe especial que permite fazer o desenho tridimensional do fundo do mar. Completam o maquinário medidores que traçam o perfil das correntes marinhas e outros que podem penetrar nos sedimentos do fundo do mar através de impulsos sonoros.
O navio de 90 metros de comprimento, e capaz de deslocar 5,5 mil toneladas, também comporta quatro botes infláveis e um hangar climatizado para dois helicópteros. No Ary Rongel, a estrutura é semelhante, só que um pouco mais modesta. Hospeda 94 tripulantes, entre eles 25 pesquisadores, e abriga dois laboratórios. O forte da embarcação é a capacidade de carga de 2.400 metros cúbicos dos dois porões e a presença de guindastes para até 17 toneladas.

LABIRINTO - A circulação em ambos os navios requer algum tempo de adaptação para desvendar o labirinto de corredores e escadas estreitas. Mais cedo ou mais tarde, tripulantes e pesquisadores se encontram em alguma das áreas comuns. A mais concorrida é a Praça D’Armas, que serve de sala de estar, refeitório e área de lazer equipada com TV de 42 polegadas, DVD e videogame. Para não perder a forma com a quantidade de comida calórica que o frio exige, também há academia de ginástica. Ambulatório e consultório odontológico estão a postos para qualquer imprevisto. E, luxo dos luxos, uma lavanderia garante que ninguém vai precisar repetir roupa suja.

A sensação de isolamento é quebrada com um razoável sistema de comunicação, que permite fazer chamadas telefônicas e acessar a internet. Um alívio para os oficiais e tripulantes que passam os seis meses do verão antártico (de abril a setembro) embarcados. “A distância da família é a maior dificuldade, mas na verdade a viagem é como um prêmio dentro da corporação, já que somos escolhidos por mérito”, ressalta o Capitão Jorge Luiz Nascimento de Paula.

Até mesmo os comandantes enxergam a missão na Antártida como um reconhecimento.  “Meu primeiro contato com o continente foi na 30a. Operantar, em 2011-2012. Antes disso, era um sonho distante, que não sabia quando ia realizar. Como a escolha do comandante é baseada no seu passado, foi uma emoção muito forte. Uma honra”, conta Pinto Homem, há 30 anos na Marinha. Para outro veterano dos mares, o Capitão de Mar e Guerra Marcelo Seabra, à frente do Ary Rongel, um dos grandes desafios é navegar com neve, gelo, baixa visibilidade, tudo ao mesmo tempo, condições muito distintas das encontradas na costa do Brasil. “Mas o contato com os pesquisadores e a importância de representar o País num trabalho reconhecido mundialmente compensa tudo”, destaca o comandante, que diz já estar em “processo de desapego”. Isso porque os comandos do Ary Rongel e do Almirante Maximiano são substituídos a cada dois anos.

OPERANTAR 31 - A Marinha utiliza ainda três outras embarcações na operação deste ano. O Navio de Socorro Submarino Felinto Perry, o Navio Mercante Germânia, fretado pela Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, e o Navio de Transporte de Pessoal e Carga ARA Bahia San Blas, cedido pela Armada Argentina. Contando ainda com dez voos das aeronaves C-130 – Hércules, da Força Aérea Brasileira, a Operantar 31 já é considerada a maior e mais complexa missão realizada pelo País na Antártida. Dimensão possibilitada pelo orçamento inédito de R$ 58 milhões, contra R$ 8,72 milhões em 2011.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

Reflexão...

"Ninguém sabe direito o que é felicidade, mas, definitivamente, não é acomodação. Acomodar-se é o mesmo que fazer uma longa viagem no piloto automático. Muito seguro, mas que aborrecimento. É preciso um pouquinho de turbulência para a gente acordar e sentir alguma coisa, nem que seja medo."

- Martha Medeiros

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ANPG e Ubes entregam carta de reivindicações ao Ministro


A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) entregaram na noite deste domingo (20) ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, uma carta de reivindicações.


Entidades estudantis e Ministro debatem educação em Pernambuco.A principal demanda da Anpg é o reajuste em 30% das bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

Em 2012, houve um acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia para um aumento de 40% no valor das bolsas. No segundo semestre do ano passado, houve um reajuste de 10%. Os estudantes pedem a complementação do percentual.

O diretor de Políticas Educacionais da Anpg e mestrando em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucas Machado, afirma que “sem que o pesquisador seja valorizado não tem como o Brasil projetar e organizar o seu desenvolvimento. A valorização do pesquisador é questão fundamental para pensar estrategicamente a situação brasileira”.

O valor da bolsa de estudos é R$ 1.350, para mestrado, e R$ 2 mil, para estudantes de doutorado. “Qualquer pessoa em início de carreira pode ganhar mais do que o valor da bolsa, o que nos estimula a continuar na universidade? Tem que gostar muito mesmo de pesquisar”, afirma Tamara Naiz da Silva, tesoureira da ANPG.

Secundaristas

A entrega foi feita durante o 2º Encontro Nacional de Grêmios da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), evento sediado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) simultaneamente ao 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Com os secundaristas, na parte da tarde, o tema do debate foi a Lei de Cotas. “Se mais de 80% dos estudantes do Brasil são de escola pública, por que não 50% das vagas nas universidades serem destinadas a eles?”, questionou Mercadante arrancando aplausos dos cerca de 1,5 mil alunos presentes.

A estudante Isadora Faber, autora da página Diário de Classe, também participou do debate. Ela ficou conhecida por manter uma página na internet em que mostra os problemas e cobra melhorias na escola pública onde estuda, em Florianópolis.

Com Agência Brasil e Portal ANPG


Bom dia, boa semana à todos(as)!

"Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você."

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Economia Criativa e PORTOMÍDIA são temas de seminário do Recife Summer School 2013


Nos dias 4 e 5 do próximo mês de fevereiro o Recife Summer School 2013 vai receber o Seminário Economia Criativa, encontro que será realizado no auditório do Banco do Brasil, localizado na Av. Rio Branco, 240, 9º andar, Bairro do Recife. Os valores das inscrições, que devem ser feitas através do sitehttp://rss.portodigital.org/, custam R$ 15,00 (até o dia 28 de janeiro) e R$ 25,00 (de 29/01 até 05/02).

O evento, promovido pelo Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), tem como objetivo apresentar o contexto do mercado de audiovisual e games e aprofundar o papel do PORTOMÍDIA, conjunto de instrumentos do Porto Digital que servirá de suporte para as empresas da indústria criativa do Estado.

A programação do Seminário vai contar com discussões sobre a lei 12.485/2011, conhecida como a lei da TV paga, e debates sobre o futuro do cinema e o mercado de games. O seminário oferecerá também o Programa HP LIFE – Learning Initiative for Entrepreneurs (Iniciativa de Aprendizado para Empresários) – destinado a empreendedores criativos que estejam iniciando, executando ou trabalhando numa microempresa.

SEMINÁRIO ECONOMIA CRIATIVA
Data: 4 e 5 de fevereiro
Local: Banco do Brasil (Av. Rio Branco, 240, 9º andar, Bairro do Recife)
Inscrições: No site do http://rss.portodigital.org/. R$ 15,00 (até o dia 28 de janeiro) e R$ 25,00 (de 29/01 a 05/02)

Bom dia, Fernando Pessoa!


"Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário."
Fernando Pessoa

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Associação Nacional de pós-graduandos (ANPG) promove debates sobre Ciência e Tecnologia na UFPE

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) promove, a partir da próxima segunda-feira (21), uma série de atividades ligadas a 8° Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) em parceria com a UFPE.

Integram a programação debates, fórum e mostra de trabalhos realizados com temas que giram em torno do debate sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, aliadas às áreas de Arte, Ciência e Cultura.

As atividades serão realizadas, entre 19 e 25 de janeiro, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE e na Faculdade de Olinda.

Dentre os convidados, está o reitor da UFPE Anísio Brasileiro. Confira abaixo a programação completa:

21 de janeiro
Debate: Avaliação Científica no Brasil
09h30 às 12h30 – CCSA UFPE

Convidados: Lívio Amaral (diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes), Anísio de Freitas Dourado (Reitor da Universidade Federal de Pernambuco) e Alfredo Arnóbio Gama (diretor científico da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco -Facepe).

Moderadora: Jouhanna Menegaz (secretária geral da Associação Nacional
de Pós-Graduandos - ANPG)


Debate: Novo Código da Ciência, Tecnologia e Pesquisa no Brasil.
18h às 22h - CCSA UFPE
Convidados: Luciana Santos (deputada federal e membro da comissão de ciência e tecnologia da câmara), Sibá Machado (deputad federal e relator do projeto de lei do novo código da Ciência, Tecnologia e Pesquisa no Brasil ) e Helena Nader (presidenta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC).

Moderador: Hylo Nader (vice-presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos - ANPG)


23 de janeiro

Lançamento do Fórum de Educação Básica da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)
12h às 15h - Olinda/Faculdade de Olinda

Convidado: Alfredo Gomes (vice-coordenador do Forum Nacional de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Educação da ANPed)

23, 24 e 25 de janeiro

Mostra de Ciência e Tecnologia
10h às 12h - Faculdade de Olinda


UNE lança sua própria Comissão da Verdade

A União Nacional dos Estudantes (UNE) realiza, entre os dias 18 e 21 de janeiro, o seu 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) em Recife. Com a participação de quatro mil universitários de todo o país, o encontro terá, na sua abertura, o lançamento da Comissão da Verdade dos estudantes. A iniciativa pretende trazer luz ao desaparecimento, perseguição, tortura e morte de jovens brasileiros durante o período da ditadura militar.

O coordenador da Comissão Nacional da Verdade Cláudio Fonteles, o ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vanucchi e o presidente da Comissão de Anistia Paulo Abrão estão entre os convidados da abertura, que acontece às 18 horas no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Além do lançamento da comissão estudantil, o ato terá a exibição de dois filmes que documentam a vida de dois jovens perseguidos e mortos pela ditadura no Brasil. Repare Bem, da diretora e atriz portuguesa Maria de Medeiros, traz revelações e relatos da família do militante Eduardo Leite, o Bacuri. Já Arquivo Honestino Guimarães, da diretora Paula Damasceno, apresenta a trajetória do estudante que foi presidente da UNE e declarado desaparecido no início dos anos 1970.

O Coneb da UNE traz o tema: “A luta pela Reforma Universitária: do manifesto de Córdoba aos nossos dias”. O encontro antecede a Bienal da UNE, maior festival estudantil universitário da América Latina, que acontecerá nas cidades de Recife e Olinda entre os dias 22 e 26 de janeiro.

Comissão da Verdade Estudantil

A União Nacional dos Estudantes (UNE) foi decisiva na luta contra a ditadura militar brasileira e reconquista da democracia. Porém, durante esse período, centenas de estudantes foram vítimas de tortura, prisões e assassinatos, sendo muitos casos ainda não esclarecidos. Pelo menos 46 ex-dirigentes da UNE estão listados como mortos pelo regime ou desaparecidos.

Com a criação da Comissão da Verdade estudantil, a entidade pretende levantar informações sobre esses episódios, apurar detalhes junto a famílias, universidades e a partir do acesso a documentos oficiais e dos resultados da investigação da Comissão Nacional da Verdade, criada em maio de 2012 pelo governo federal.

Homenagens

O estudante brasiliense Mateus Guimarães, sobrinho do ex-presidente da UNE Honestino Guimarães, também participará do ato e receberá homenagens em nome do tio, morto enquanto ocupava o cargo. Honestino tornou-se um símbolo da luta estudantil durante o regime, influenciando as gerações futuras e a resistência à ditadura.

Presenças

O ministro da Educação Aloizio Mercadante e o governador de Pernambuco Eduardo Campos estarão presentes no Coneb no domingo, 20 de janeiro. Eles debaterão o tema da reforma universitária no Brasil, defendida pela UNE. Também estarão presentes a reitora da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) Silvia Carolina Scotto e o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Anísio Brasileiro de Freitas Dourado.

Outros convidados

Participam do Coneb, durante os quatro dias de encontro, diversos outros representantes dos movimentos sociais, grupos de juventude, professores, políticos, artistas e intelectuais. Entre eles estão Nelson Breve (presidente da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC), o senador José Pimentel (PT-CE, e relator do Plano Nacional de Educação – PNE), Márcio Pochmann (ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA), Naomar de Almeida Filho (ex-reitor da Universidade Federal da Bahia), Raul Amorim (coordenador da Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST), Luiz Cláudio Costa (presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP), e Sérgio Custódio (presidente do Movimento dos Sem Universidade – MSU).

Sobre o Coneb

O Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE é um dos principais encontros do movimento estudantil brasileiro e reúne os Diretórios Acadêmicos (DAs) e Centros Acadêmicos (CAs) das universidades brasileiras. Neste ano, a UNE teve a inscrição recorde de mais de 3.500 entidades de todas as regiões do país. A etapa preparatória contou com debates locais e eleições dos representantes em cada universidade. O Coneb inclui painéis e grupos de discussão sobre temas ligados à universidade e ao Brasil, além de decidir os rumos e posicionamentos da UNE para o próximo período.

Bienal 

O Coneb é uma atividade que antecede a Bienal da UNE, em Recife e Olinda, entre os dias 22 e 26 de janeiro. A Bienal é o maior festival estudantil da América Latina e deverá reunir cerca de 10 mil estudantes de todas as regiões do país com atividades de cultura, esporte, ciência, tecnologia e extensão. A Bienal é um reflexo da atual produção nas universidades do país. Em sua oitava edição,o evento traz neste ano o tema "A Volta da Asa Branca", em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga, celebrado no último dia 13 de dezembro.

Veja abaixo a programação completa do 14º Coneb.

18 de janeiro de 2013

- 8h às 18h: Recepção e credenciamento dos participantes do 14º CONEB da UNE
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 18h às 20h: Abertura do 14º CONEB da UNE
Exibição do curta metragem: Arquivo Honestino Guimarães – 16’40”
Direção: Paula Damasceno
Tema: Lançamento da Comissão da Verdade da UNE
Convidados: Paulo Abrão (presidente da Comissão de Anistia), Paulo Vanucchi (ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos – SDH), Cláudio Fonteles (jurista e coordenador da Comissão Nacional da Verdade – CNV), Mateus Guimarães (sobrinho de Honestino Guimarães e membro do Comitê pela Verdade Memória e Justiça do DF)
Local: Auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 20h às 22h: Exibição do longa metragem “Repare Bem”
Diretora: Maria de Medeiros
Local: Auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 20h às 22h: Alimentação
Local: Restaurante do 14º CONEB


19 de janeiro de 2013 - sábado

- 08h às 10h: Café da manhã
Local: Restaurante do 14º CONEB

- 10h às 12h: Ciclo de debates de conjuntura
Tema: A juventude na luta por um novo Brasil
Convidados: Raul Amorim (Coordenador da Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST), Paulo Vinícius Santos Silva (Secretário de Juventude da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB), Lea Marques Silva (representante da Secretário de Juventude da Central Única dos Trabalhadores – CUT), Pablo Capilé (Fora do Eixo), Pedro Campos (ex-secretário geral da UNE)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema: Democratização da mídia
Convidados: Altamiro Borges (secretario nacional para Assuntos de Mídia do PCdoB e presidente do Instituto Barão de Itararé), Laurindo Leal Filho (sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP), Nelson Breve (presidente da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC), Carlos Lupi (presidente do PDT)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema: Financiamento público de campanhas eleitorais no Brasil
Convidados: Luciana Santos (deputada federal pelo PCdoB de Pernambuco e vice-presidenta do PCdoB), Ivan Valente (presidente do PSOL), Pedro Eugênio (deputado federal pelo PT de Pernambuco e presidente do PT-PE), Roberto Amaral (vice-presidente do PSB), Márcio Cabreira (representante do Partido Pátria Livre – PPL)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 12h às 14h: Almoço
Local: Restaurante do 14º CONEB

- 14h às 18h: Ciclo de debates sobre reforma universitária do 14º CONEB da UNE
Tema 1: Os desafios do Plano Nacional de Educação (PNE)
Convidados: José Pimentel (senador pelo PT do Ceará e relator do Plano Nacional de Educação – PNE no Senado), Daniel Iliescu (presidente da UNE), Francisco das Chagas Fernandes (coordenador do Fórum Nacional de Educação – FNE)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 2: Democratização do acesso à universidade, o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
Convidados: Manuela Braga (presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES), Luiz Cláudio Costa (presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP), Sérgio Custódio (presidente do Movimento dos Sem Universidade – MSU), Weverton Rocha (deputado federal pelo PDT do MA)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 3: A luta por assistência estudantil nas universidades brasileiras
Convidados: Ronaldo Crispim Sena Barros ( professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB e coordenador do Fórum de Assuntos Comunitários e Estudantis – Fonaprace), Antônio Simões Silva (representante da Diretoria de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior do Ministério da Educação – Difes do MEC), João Luiz Martins (reitor da Universidade Federal de Ouro Preto – Ufop), Mauricio Fernando Bozatski (secretário da Secretaria de Assuntos Especiais Estudantis da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS), Anderson Campos (assessor da presidência da Central Única dos Trabalhados – CUT)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 4: Pesquisa e inovação tecnológica no ensino superior
Convidados: José Luiz de Lima Filho (representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC), Celso Pinto de Melo (presidente da Sociedade Brasileira de Física – SBF), Luana Bonone (presidente da Associação Nacional dos Pós-Graduandos – ANPG), Emerson Leal (professor de física da Universidade Federal de São Carlos – Ufscar)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 5: Hospitais universitários, Sistema Único de Saúde (SUS) e o desafio da saúde pública brasileira
Convidados: (representante da coordenadoria de Hospitais Universitários e Residências de Saúde do Ministério da Educação – CGHURS do MEC), Hugo da Costa Ribeiro Junior (diretor do Hospital Universitário Professor Edgar Santos – Hupes e presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino – Abrahue), Beatriz Rodrigues Abreu da Costa (doutora e presidenta da Associação Nacional de Médicos Residentes – ANMR), Maria do Socorro (presidenta do Conselho Nacional de Saúde – CNS), Natalino Salgado Filho (reitor da Universidade Federal do Maranhão – UFMA e presidente da comissão de hospitais universitários da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 6: Mobilidade acadêmica e cooperação internacional
Convidados: Paulo Speller (reitor da Universidade da Lusofonia Afro Brasileira - Unilab), Targino de Araújo Filho (reitor da Universidade Federal de São Carlos – UfsCar e presidente da Asociación de Universidades Grupo Montevideo – AUGM), Ricardo Guardia Lugo (presidente da Organização Continental Latino Americana e Caribenha de Estudantes – Oclae), Bruno Vanhoni (assessor de Relações Internacionais da Secretaria Nacional de Juventude), Alvaro Maglia (professor da Universidad de la República Uruguay – Udelar)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 7: Extensão como componente fundamental da formação acadêmica / 13º Seminário Nacional do CUCA
Convidados: Sandra de Fátima Batista de Deus (professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e coordenadora do Fórum Nacional de Pró-reitores de Extensão – Forproex), Lucas Ramalho Maciel (coordenador da coordenadoria de Relações Estudantis do Ministério da Educação – MEC), Ubiratan Cassano (ex-coordenador do Projeto Rondon pela UNE), Mariana Berto Leal (Rede Unida e membro da Comissão Nacional do VER-SUS – Vivências e Estágios na Realidade do SUS)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 8: O sistema de avaliação educacional no ensino superior brasileiro
Convidados: Robert Evans Verhine (professor da Universidade Federal da Bahia e presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – Conaes), Maria Cristina Falcão Raposo (diretora da Diretoria de Avaliação e Planejamento Institucional da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE), Rodrigo Pereira (mestre em educação e ex-diretor da UNE)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 9: Democratização do acesso à universidade, Programa Universidade Para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantis (Fies)
Convidados: Paula Branco Melo (diretoria de Políticas e Programas de Graduação do Ministério da Educação – MEC), Valmor Bolan (presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do ProUni – Conap), Antônio Corrêa Neto (diretor da Diretoria de Gestão de Fundos e Benefícios – DIGEF do Fundo de Desenvolvimento da Educação – FNDE), Fabiana Costa (doutoranda em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP), Márcio Carvalho (coordenador de Relações Institucionais da Secretaria Nacional de Juventude – SNJ)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 10: A universidade e a vocação pelo desenvolvimento regional
Convidados: Antônio Inácio Andrioli (vice-reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS), Jaime Amorim (coordenador da Escola Florestan Fernandes), Tania Bacelar (professora do Departamento de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE), Julianeli Tolentino de Lima (reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 18h às 20h: Grupos de discussão e atividades autogestionadas
Tema: Apresentação do relatório da Comissão de Análise da Expansão das Universidades Federais
Convidados: Maria Lúcia Cavalli Neder (reitora da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT), Joao Carlos Luiz Martins (reitor da Universidade Federal de Ouro Preto – Ufop), Antônio Simões Silva (representante da Diretora da Diretoria de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior do Ministério da Educação – DIFES do MEC), Hercília Melo do Nascimento (presidente da Associação de Pós-graduandos da Universidade Federal de Pernambuco – APG/UFPE), Tamara Naiz (tesoureira da Associação Nacional dos Pós-graduandos – ANPG), Yuri Pires (primeiro vice-presidente da UNE)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 18h às 20h: Abertura do 13º Seminário Nacional do CUCA
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 22h às 02h: Atividade Cultural
Local: Concha Acústica da UFPE

20 de janeiro de 2013 - domingo

-0 8h às 10h: Café da manhã
Local: Restaurante do 14º CONEB da UNE

- 10h às 12h: Debate principal
Tema: A luta pela reforma universitária: do Manifesto de Córdoba aos nossos dias
Convidados: Aloízio Mercadante (ministro da Educação – MEC), Eduardo Campos (governador de Pernambuco), Silvia Carolina Scotto (reitora da Universidade Nacional de Córdoba – UNC), Anísio Brasileiro de Freitas Dourado (reitor da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE), Daniel Iliescu (presidente da UNE)
Local: Teatro do Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

- 12h às 14h: Almoço
Local: Restaurante do 14º CONEB da UNE

- 14h às 18h: Ciclo de debates sobre reforma universitária do 14º CONEB da UNE
Tema 11: O papel da universidade para o desenvolvimento nacional
Convidados: Luiz Gonzaga Belluzzo (economista e professor da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp), Ennio Candotti (físico e diretor do Museu da Amazônia), Márcio Pochmann (ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea), Olival Freire (físico e coordenador da secretaria do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 12: O papel da cultura na universidade / 13º Seminário Nacional do CUCA
Convidados: Juana Nunes (diretora da Diretoria de Educação e Comunicação para a Cultura do Ministério da Cultura – MinC), Antônio Albino Canelas Rubim (secretario de Cultura do Estado da Bahia), Alexandre Santini (ex-coordenador geral do CUCA da UNE e coordenador do Programa Ação Griô), Gabriel Alves (presidente do CPC da Umes), Leonardo Bulhões (ex-diretor da UNE e diretor da Fundarpe),
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 13: Democracia e participação na universidade de hoje
Convidados: Paulo Henrique Rodrigues (coordenador da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras – Fasubra), Marinalva Silva Oliveira (professora da Universidade Federal do Amapá – UFAP e presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – Andes), Flávio Lúcio Vieira (representante do Fórum dos Professores de Instituições Federais do Ensino Superior – Proifes), Valmir Assunção (deputado federal pelo PT da Bahia), Louise Caroline (ex-vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes – UNE)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 14: Regulamentação do ensino superior privado
Convidados: Adércia Hostin (representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – Contee), Sólon Hornidas Caldas (diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior – Abmes), Newton Lima Neto (deputado federal pelo PT de São Paulo e presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados), Jorge Rodrigo Araújo Messias (secretário da Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação – Seres MEC), Antônio Ananias (ex-diretor da UNE e membro da Comissão Nacional de Acompanhamento do ProUni)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 15: O papel da universidade na melhoria da educação básica
Convidados: Heleno Araújo (representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE/PE), Martinha Clarete Dutra dos Santos (diretora de Políticas de Educação Especiais do Ministério da Educação – MEC), Denio Rebello Arantes (reitor do Instituto Federal do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica - Conif), Dalila Andrade (professora de políticas públicas e educação do programa de pós-graduação da UFMG), Paulo Rubem Santiago (deputado federal pelo PDT de Pernambuco)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 16: Um novo currículo para a universidade brasileira
Convidados: Naomar de Almeida Filho (ex-reitor da Universidade Federal da Bahia – Ufba), Maria Lúcia Cavalli Neder (reitora da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 17: Autonomia e qualidade nas universidades estaduais
Convidados: Rangel Júnior (reitor da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB), Carlos Calado (reitor da Universidade de Pernambuco – UPE e vice-presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais – Abruem), Marcelino Granja de Menezes (secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco), Júlio Cezar Durigan (reitor da Universidade Estadual Paulista – Unesp)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 18: Mulheres transformando a universidade
Convidados: Lucia Stumpf (ex-presidenta da União Nacional dos Estudantes – UNE), (representante da Universidade Federal do Amazonas – Ufam), Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes (vice-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN), Elba Ravane (secretária de Mulheres da Prefitura da Caruaru), Carolina Teixeira Alencar (membro do Conselho Nacional de Mulheres), Fabíola Paulino (ex-diretora de mulheres da UNE e militante da Marcha Mundial das Mulheres)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 19: Democratização do acesso a universidade, a lei de cotas
Convidados: Felipe Freitas (diretoria de Programas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR), André Lazaro (pesquisador da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais – Flacso), Thiago Thobias (assessor do Ministério da Educação), Clédisson Júnior (membro do Conselho Nacional de Políticas de Igualdade Racial – CNPIR)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

Tema 20: A expansão do sistema federal de ensino superior
Convidados: Amaro Henrique Pessoa Lins (secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação Sesu/MEC), Carlos Edilson de Almeida Maneschy (reitor da Universidade Federal do Pará – UFPA e presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes), Inácio Arruda (senador pelo PCdoB do Ceará)
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 18h às 20h: Encontros da UNE
Temas: Encontro de entidades estaduais, federações e executivas de curso, frentes de luta e áreas de atuação da UNE
Convidados: Presidentes das entidades e diretores da UNE
Local: Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA da UFPE)

- 20h às 22h: Jantar
Local: Restaurante do 14º CONEB da UNE

- 22h às 02h: Atividade Cultural
Local: Concha Acústica da UFPE

21 de janeiro de 2013 – segunda-feira 

08h às 10h: Café da manhã
Local: Clube Português

10h às 14h: Plenária final do 14º CONEB da UNE
Local: Clube Português

Fonte: Assessoria de Comunicação da UNE