A Secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura Cláudia Leitão foi a convidada do último dia de atividades do Seminário “Economia criativa e espaço urbano: reflexões sobre o quadrilátero do Bairro de Santo Amaro”. O encontro, que reuniu acadêmicos, estudantes e profissionais de arquitetura, design, T.I. e empreendedores, foi uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco (MDU/UFPE), em parceria com o Porto Digital e a Secretaria das Cidades.
Durante sua fala, a secretária defendeu uma maior mobilização e apropriação de informações acerca das estratégias de fomento à economia criativa, com foco na contribuição deste segmento para o desenvolvimento econômico e social. “Está na hora do Brasil aproveitar o seu potencial de mentes criativas e exportar bens que agreguem idéias e valores, que possuam capital intelectual, com valor cultural e comercial. Basta olhar para o que está estampado, por exemplo, em diversas mídias, como o cinema, o design de moda, os jogos eletrônicos e tantos outros: países como os Estados Unidos, Austrália, e a China estão em um estágio avançado neste setor. Desta forma, eles ampliam o seu campo de ação, reforçando seu desempenho no campo das exportações, como já acontece no setor de alimentos, artigos industrializados e serviços, entre outros.
De acordo com Cláudia Leitão, as possibilidades de aplicação da Economia Criativa só têm a acrescentar ao crescimento do país, a partir da interrelação com diversas áreas, promovendo a qualificação do desenvolvimento a partir da cultura, com foco na inclusão social e na superação da miséria e das desigualdades regionais. “Tudo está interligado e gera aplicações concretas na educação, na saúde, no turismo, na agricultura… basta ser atento e enxergar além”, afirmou a secretária.
Para ilustrar o potencial da economia criativa, Cláudia Leitão apresentou um quadro geral da Secretaria de Economia Criativa no Ministério da Cultura, e exemplificou como o incentivo à pesquisa e inovação podem render inúmeros benefícios à sociedade. “As fontes de conhecimento locais devem ultrapassar os limites acadêmicos e encontrar a rua, o povo, aplicar seus conhecimentos lá fora, estabelecer parceria com parques tecnológicos, promover o conhecimento e colher crescimento para todos”, concluiu.
O encontro também foi palco do lançamento dos “Anais da I Conferência Internacional sobre Economia Criativa do Nordeste”, um livro que reúne artigos de pesquisadores de universidades nacionais e estrangeiras, que traça um panorama sobre a Economia Criativa, e a aplicação dos mais recentes conhecimentos aplicados aos novos modelos de negócios, aos novos processos, às novas tecnologias.
Os mestrandos em Administração com especialização em Economia Criativa e Mobilidade, Girlaynne Farias e Anderson Diego, acharam positiva a aproximação do Ministério da Cultura na disseminação de novos valores a serem cultivados pela sociedade: “Para nós é muito importante ter este contato. Queremos contribuir na construção de um cenário mais inovador e competitivo, para que o desenvolvimento seja pleno, para todas as áreas”, afirmou Girlaynne.
A secretaria da Economia Criativa está em diálogo com superintendentes nacionais da Caixa Econômica Federal (CEF) de Micro e Pequenas Empresas, de Programas Sociais e de Renda Básica, na discussão de propostas com ações conjuntas para fomentar os empreendedores criativos brasileiros, como a inclusão dos artesãos no Microcrédito Crescer Caixa, um programa de financiamento a juros reduzidos dirigido a pequenos empreendedores, assim como a inclusão bancária, a partir de contas simplificadas. Os encontros prosseguem neste fim de ano e devem mostrar resultados em breve.
Texto: Juliano Mendes da Hora – Ascom / MinC RRNE
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