quinta-feira, 3 de março de 2011

Ode á noite

Não sei fazer poesia, infelizmente... ou não....


Minha mente trabalha na prosa, na prosa desta noite, tão doce, fria, tão quente e sedutora.
Quem me dera viver na noite a cada dia, curtir a liberdade da escuridão e seus mistérios.
Ah, a noite, a companheira perfeita para a solidão e para a companhia, nela tudo tem seu sentido, a dor é mais intensa e a alegria mais verdadeira, o amor é mais puro e o ódio mais cego.
A noite... mãe de todas as canções, todas as notas, pai de todas as poesias, dos jovens tuberculosos que cospem sangue de tanto amar, da juventude que sonha e daqueles que nada mais querem.

Noite dos amigos, dos amores e dos amantes....
traga a luz para aquilo que o dia esconde, nos deixe ser apenas humanos, nos permita libertar tudo o que a luz do dia encobre e que a hipocrisia não aceita...

Querida Noite, que me trás a lembrança da amada e em outro copo de uísque mergulha minha sanidade em parceria com meu coração shakespeariano, árcade, surreal, niilista, romântico, moderno, contemporâneo, todo teu e dela...

Feliz a morte em teus braços e a vida em tuas veias...


Seja apenas você, e deixe que o resto seja com cada um de nós, perdidos em teus segredos... Duas, três, quatro, cinco ou seis horas, não importa, pois tudo é perfeito até o sol chegar.

Daniel Gaspar (Dan)

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