O vencedor do Nobel de Química de 2011 "modificou fundamentalmente a concepção de um sólido para os químicos", afirma um comunicado do comitê
Publicado em 05/10/2011, às 09h14
Da AFP
Foto: AFP
ESTOCOLMO - O prêmio Nobel de Química foi atribuído nesta quarta-feira (5) ao israelense Daniel Shechtman pela descoberta dos quase-cristais, anunciou o comitê Nobel. O vencedor do Nobel de Química de 2011 "modificou fundamentalmente a concepção de um sólido para os químicos", afirma um comunicado do comitê.
No dia 8 de abril de 1982, o israelense descobriu um cristal no qual os "átomos estavam encaixados em um modelo que não pode ser repetido", ao contrário das leis da natureza, segundo o comunicado da Academia Real Sueca de Ciências. "É como os fascinantes mosaicos do mundo árabe reproduzidos ao nível dos átomos: uma forma regular que jamais se repete".
A união dos átomos nos quase-cristais é muito ajustada e, por isso, são utilizados para reforçar materiais e com fins comerciais, como nas máquinas como os motores diesel submetidos a altas temperaturas e pressões. Até a descoberta, os cientistas acreditavam que em um sólido, os átomos se uniam seguindo um padrão simétrico que poderia ser repetido de forma periódica para formar um cristal.
A imagem que apareceu no microscópio eletrônico do professor Schechtman era tão incrível que ele enfrentou por algum tempo a rejeição da comunidade científica, lembrou o comitê Nobel. "A descoberta era considerada muito controversa, era tão impossível quanto fabricar uma bola graças apenas a pedaços hexagonais quando também são necessários pentágonos", afirma a nota do comitê.
"Os mosaicos aperiódicos como os encontrados no palácio de Alhambra na Espanha e no santuário de Darb i Imam no Irã ajudaram os cientistas a entender com o que se pareciam os quase-cristais a nível atômico". Nos quase-cristais, os motivos atômicos são regulares, seguem as regras matemáticas, mas não se repetem. Shechtman nasceu em 1941 em Tel Aviv e é professor emérito no Instituto de Tecnologia israelense em Haifa.
No dia 8 de abril de 1982, o israelense descobriu um cristal no qual os "átomos estavam encaixados em um modelo que não pode ser repetido", ao contrário das leis da natureza, segundo o comunicado da Academia Real Sueca de Ciências. "É como os fascinantes mosaicos do mundo árabe reproduzidos ao nível dos átomos: uma forma regular que jamais se repete".
A união dos átomos nos quase-cristais é muito ajustada e, por isso, são utilizados para reforçar materiais e com fins comerciais, como nas máquinas como os motores diesel submetidos a altas temperaturas e pressões. Até a descoberta, os cientistas acreditavam que em um sólido, os átomos se uniam seguindo um padrão simétrico que poderia ser repetido de forma periódica para formar um cristal.
A imagem que apareceu no microscópio eletrônico do professor Schechtman era tão incrível que ele enfrentou por algum tempo a rejeição da comunidade científica, lembrou o comitê Nobel. "A descoberta era considerada muito controversa, era tão impossível quanto fabricar uma bola graças apenas a pedaços hexagonais quando também são necessários pentágonos", afirma a nota do comitê.
"Os mosaicos aperiódicos como os encontrados no palácio de Alhambra na Espanha e no santuário de Darb i Imam no Irã ajudaram os cientistas a entender com o que se pareciam os quase-cristais a nível atômico". Nos quase-cristais, os motivos atômicos são regulares, seguem as regras matemáticas, mas não se repetem. Shechtman nasceu em 1941 em Tel Aviv e é professor emérito no Instituto de Tecnologia israelense em Haifa.
Fonte: JC Online
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