“Minha vida é andar por esse País, pra ver se um dia descanso feliz,
Guardando as recordações, das terras onde passei, andando pelos sertões
e os amigos que lá deixei... (Luiz Gonzaga)”
Tive em minha vida a oportunidade de viajar, apesar de ainda jovem, os quatro cantos da minha querida “nação Pernambuco” e do meu diverso e multicultural Brasil. Além, de vivenciar as realidades do Chile e Paraguai, experiências inesquecíveis, dos quais utilizo como referência para falar também da América Latina.
Nessas andanças da minha vida pude perceber o quão diverso todos nós somos! Cada qual com seus objetivos, suas ambições, suas metas, suas características, qualidades e defeitos, enfim...
Mas, algo que fica muito evidente, a meu ver, é o que nos une... O que nos liga... Nos torna irmãos! Esse sentimento, essa sensação que aos nossos olhos muitas vezes passa despercebida, é algo que deve ser valorizado, levado em consideração!
Pois, nos tempos de hoje, na era do pós-moderno, dos mais diversos avanços tecnológicos, é fundamental valorizarmos nosso território, nossa cultura, nossa gente! É importante para nós, professores em formação, que eduquemos nossos alunos antenados com a realidade, mas, conscientes de suas origens.
Em minhas andanças, conheci muita gente bacana, arretada, gentil e muitíssimo alegre. Que fala com tanto gosto de sua terra, de seu canto, que inspira sonhos e desperta bastante emoção.
Falar dessas pessoas é uma tentativa de olhar o mundo sob outra ótica, ou seja, não deixando de levar em conta à fome e miséria existente, a política excludente que o sistema capitalista nos impõe, o ódio entre as pessoas e nações, o egoísmo, entre outros sentimentos e ações negativas que nós seres humanos tanto praticamos no dia-a-dia. Mas, esta é uma forma de demonstrar que assim como existem tantos sentimentos e ações ruins/temíveis, também existem ações e sentimentos belos, positivos, benéficos.
Portanto, a alternativa de um mundo melhor, parte não apenas dos bons exemplos que damos e do bom exercício e militância política cotidiana, mais da convivência pacífica e respeitosa entre as pessoas, entre as nações. Parte do conhecimento de nossas raízes e cultura, da busca por tornar esse planeta tão belo, em algo habitável para todos.
Nesta crônica, trago minha contribuição, falando de minhas origens... Da minha terra... Do meu canto... E esperando contribuir na busca por este mundo melhor. Pois, como diria Belchior em uma de suas canções... “Eu sou apenas um rapaz, latino-americano, sem dinheiro no bolso e vindo do interior”.
Nascido e criado em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil! Tenho em minhas veias, o sangue guerreiro dos heróis pernambucanos. Que tanto lutaram e lutam, por amor a esta terra. Heróis, não apenas no campo de batalha, como ocorrido na Insurreição Pernambucana. Mas, a todos aqueles que em meio a tantas lutas, diárias...inclusive, prevalecem!
É dessas pessoas que sou descendente, com muito orgulho, e digo que outro mundo é possível, porque é dos sonhos e da nossa imaginação que ele começará a ser desenhado e posto em ação!
Por Anderson Diego,
Mestrando em Administração (PROPAD/UFPE)
*Crônica originalmente apresenta a disciplina de Didática do Ensino Superior (PROPAD/UFPE)
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