Osman Lins pode ganhar instituto no Recife

A ideia é colocar a organização em funcionamento até 2014, quando serão celebrados os 90 anos do nascimento do escritor pernambucano

Do JC Online

Nas quatro décadas do seu mais celebrado romance, Avalovara, e na véspera dos 90 anos do seu nascimento, que serão comemorados em 2014, o escritor pernambucano Osman Lins deve receber uma homenagem importante. A novidade é o Instituto Cultura Osman Lins (Icol), projeto de uma das filhas do autor, Angela Lins.

Ainda em fase embrionária, a instituição busca uma sede e começa a organizar suas primeiras iniciativas.

Os passos iniciais do Icol dependem da captação de recursos – tanto privados como governamentais. Angela Lins se reuniu no final de julho no Recife com a pesquisadora Ana Luiza Andrade, que publicou recentemente uma edição trilíngue do conto Domingo de Páscoa, pela Editora UFSC. O plano é fazer no Recife o lançamento da obra, junto com uma exposição interativa sobre o livroAvalovara, criada por Esdras Bezerra de Andrade.

O Icol deve funcionar como um centro dos arquivos e documentos sobre Osman Lins, pensados como um acervo permanente voltado para pesquisadores e estudantes. Um dos primeiros projetos, assim que uma sede for definida, é a formação de uma editora do instituto. O primeiro livro já está sendo planejado: uma coletânea de artigos inéditos do escritor de Vitória de Santo Antão, publicados na imprensa pernambucana, incluindo o Jornal do Commercio.

O autor que “dava o sangue pelos livros”, na palavras de Angela, ainda deve ter dois romances inéditos – ambos deixados concluídos – lançados no futuro: Os espelhos e Noite profunda.