sexta-feira, 27 de abril de 2012

Bom dia, Luís Fernando Veríssimo



"Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia,
e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é,
na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa certa faz tudo certinho.
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.

Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor

A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira

A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente
chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.


A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que Ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente....

Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as
diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.
"Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas"

Luis Fernando Veríssimo

Movimento negro comemora legalização de cotas nas universidades


A decisão desta quinta-feira (26), do Supremo Tribunal Federal (STF), entrará para a história do movimento negro no país, que comemora a votação favorável à legalização do sistema de cotas raciais nas universidades públicas. "É uma vitória do movimento negro. Temos feito um debate de ações afirmativas. Essa luta especificamente travamos desde 2003, com a implantação das cotas em várias universidades", afirmou Edson França, presidente da Unegro.


STF cotas raciais
Movimento negro acompanha julgamento no Supremo sobre sistema de cotas / foto: José Cruz/ABr

A União de Negros pela Igualdade (Unegro) acrescenta que as cotas raciais só se tornaram realidade por conta da unificação do movimento em torno de pautas importantes para igualdade racial e combate à discriminação. 

Leia também:
STF julga ações contra cotas raciais em universidades públicas

"Temos um debate consensual e por conta disso  conseguimos aprovar as cotas raciais várias universidades. O DEM (Partido dos Democratas) entrou com essa ação mostrando mais uma vez ser um partido dos senhores de engenho", completou o presidente da Unegro.

Edson França se refere a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 186), de autoria do Democratas (DEM), contra a Universidade de Brasília (UnB), que reserva 20% das vagas do vestibular para estudantes negros e que foi julgada ontem e hoje. A instituição é pioneira nas cotas raciais. O argumento do partido, defendido principalmente pelo senador Demóstenes Torres, mergulhado em um escândalo de corrupção, era de que as cotas raciais ferem o princípio da igualdade.

O Supremo também julgou um Recurso Extraordinário (RE 597285) movido por um estudante gaúcho que foi eliminado do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele obteve notas superiores às dos cotistas e contestou sua eliminação, já que a UFRGS reserva 30% das vagas para quem estudou na rede pública - metade destinada aos candidatos que se declararem negros na inscrição.

O relator das duas ações, o ministro Ricardo Lewandowski, já havia proferido na quarta-feira (25) seu voto favorável à constitucionalidade das cotas raciais.

“Não basta não discriminar. É preciso viabilizar. A postura deve ser, acima de tudo, afirmativa. É necessária que esta seja a posição adotada pelos nossos legisladores. A neutralidade estatal mostrou-se, nesses anos, um grande fracasso”, justificou Lewandowski.

Nesta quinta, os ministros Luiz Fux, Rosa Maria Weber, Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Gilmar Mendes acompanharam o voto de Lewandowski, formando a maioria. Eram necessários seis votos favoráveis. Até o fechamento da matéria, mais três ministros ainda faltavam dar seus votos para o encerramento da sessão.

Fux reforçou, em seu voto, que a raça pode e deve ser critério político de análise para ingresso na universidade, como acontece em outros países.

“A construção de uma sociedade justa e solidária impõe a toda coletividade a reparação de danos pretéritos perpetrados por nossos antepassados”, ponderou Fux.

Por dar mais oportunidades de acesso à universidade e equilibrar as oportunidades sociais, a ministra Rosa Weber engrossou a votação do "sim" às cotas: “Se os negros não chegam à universidade, não compartilham a igualdade de condições com os brancos”. Para ela, quando o negro se tornar visível na sociedade, “política compensatória alguma será necessária”.

Já a ministra Cármen Lúcia lembrou que essa não é a melhor opção, mas que políticas compensatórias contribuem na busca pela igualdade.

“As ações afirmativas não são as melhores opções. A melhor opção é ter uma sociedade na qual todo mundo seja livre par ser o que quiser. Isso é uma etapa, um processo, uma necessidade em uma sociedade onde isso não aconteceu naturalmente”.

Da redação, com agências

Fonte: www.vermelho.org.br

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cine PE 2012 dá a largada com 40 filmes na programação


Festival se estende até a próxima quarta-feira (02-05)

Publicado em 26/04/2012, às 13h24

Ernesto Barros

João Miguel e Vinícius Nascimento em cena de Á beira do caminho / Tatiana Ferro/Divulgação

João Miguel e Vinícius Nascimento em cena de Á beira do caminho

Tatiana Ferro/Divulgação

Nos próximos sete dias, Pernambuco será pela 16ª vez o ponto de intersecção do cinema brasileiro. Cerca de 250 convidados, entre produtores, diretores, atores, atrizes, técnicos e estudiosos vão se misturar aos milhares de espectadores do Cine PE: Festival do Audiovisual, que tem início nesta quinta-feria (26/04), no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, em Olinda.
Para ajustar o percurso do evento, depois da conturbada edição do ano passado, os organizadores do festival, o casal Alfredo e Sandra Bertini, estabeleceram regras que têm tudo para melhorar o seu funcionamento. Pelo menos três novidades vão agradar ao público, estimado em 30 mil espectadores: a grade mais enxuta, com três curtas e um longa-metragem por noite; o início das sessões às 20h; e a oficialização da Mostra Competitiva de Curtas-metragens Pernambucanos dentro da programação da semana do festival, com sessões gratuitas no sábado e no domingo, às 16h, no Teatro Guararapes.
Mais uma vez, o “Maracanã dos Festivais” vai receber uma parcela substancial da mais recente safra da produção cinematográfica nacional. Entre os 40 filmes exibidos, 25 vão disputar o Troféu Passista: sete na Mostra Competitiva de Longas-metragens e 18 na Mostra Competitiva de Curtas-metragens. Apesar de não primar pelo ineditismo, a Mostra de Longas tenta um equilíbrio entre filmes que vão chegar aos cinemas e outros que têm o festival como a principal porta de acesso ao público.
No primeiro grupo, encontram-se as ficções Paraísos artificiais, de Marcos Prado, e À beira do caminho, de Breno Silveira, que têm suas estreias marcadas para 4 de maio e 10 de agosto, respectivamente. No outro grupo, lutam pela atenção da plateia as ficções Boca, de Flávio Frederico, Corda bamba, história de uma menina equilibrista, de Eduardo Goldstein, e Na quadrada das águas perdidas, de Wagner Miranda e Marcos Carvalho, que representa Pernambuco. É do Estado, também, o documentário Estradeiros, de Sergio Oliveira e Renata Pinheiro. Ainda na seleção, outro documentário, o filme Jorge Mautner – o filho do holocausto, de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt.
O cinema pernambucano também vai estar bem representado na Mostra Competitiva de Curtas-metragens. Entre os 18 filmes concorrentes, quatro foram produzidos no Estado e comprovam o diversificado momento da cena local, com documentários (Garotas da moda, de Tuca Siqueira, e Zuleno, de Felipe Peres Cavalheiro), filmes de ficção (Kaosnavial, de Marcelo Pedroso e Afonso Oliveira) e animação (Dia estrelado, de Nara Normande). Este ano, o Cine PE: Festival do Audiovisual vai render homenagens a três personalidades do cinema nacional: o ator Ney Latorraca (amanhã), o cineasta e produtor Fernando Meirelles (sábado, 29), e o cineasta e produtor Cacá Diegues (domingo, 30).
Programação Cine PE 2012
Quinta-feira, 26 de abril

15h
Mostra Cine PE: Um olhar para Moçambique
Lágrimas, de Júlio Silva. Longa-metragem, 193'
Local: Unicap - Rua Almeida Cunha, 245 - Santo Amaro - Recife - PE - Sala 510 (5º andar)
Acesso: Entrada franca

20h
Exposição: Angeli vê o cinema nacional
Local: Foyer do Teatro Guararapes - Centro de Convenções

20h
Mostra Competitiva de Curtas e Longas-metragens
Depois da queda, de Bruno Bini (MT). Ficção, 17'
O descarte, de Carlos Hardt e Lucas Fernandes (PR). Animação, 15'
Qual queijo você quer, de Cintia Domit Bittar (SC). Ficção, 11'15"
Intervalo
Mostra Competitiva de Longa-metragem
À beira do caminho, de Breno Silveira (RJ). Ficção, 100'
Local: Cine Teatro Guararapes - Centro de Convenções
Acesso: Ingresso (Inteira: R$ 8 / Meia R$ 4)

Fonte: www.jconline.com.br

Chile: 200 mil fazem passeata por ensino gratuito


camila vallejo
Os líderes estudantis Noam Titelman, Camila Vallejo e Gabriel Boris marcham nesta quarta-feira (25) na primeira manifestação do ano. Na véspera, governo anunciou sistema de crédito estatal com taxa de juros fixa
Cerca de 200 mil pessoas foram às ruas nesta quarta-feira (25) em todo o Chile para participar da primeira grande marcha estudantil do ano de 2012. Os manifestantes reivindicam, desde o ano passado, um sistema educacional público gratuito e de qualidade. Segundo as associações estudantis, a capital Santiago teve 80 mil pessoas saindo da Praça Itália, passando pela Casa da Moneda, residência presidencial, e terminando na Praça dos Heróis, em frente à embaixada do Brasil. O único foco de confronto registrado foi próximo ao mercado municipal de Santiago, quando boa parte das pessoas já havia voltado para casa e os líderes estudantis terminado seu discurso.
Para o ministro da Educação, Harald Beyer, "a manifestação não se justifica, mas faz parte da liberdade de expressão". À véspera da marcha, o governo do presidente Sebastián Piñera, por meio do Ministério, anunciou, na terça-feira (24/04), uma série de medidas relativas à concessão de bolsas e ao financiamento do crédito universitário. As associações de estudantes, capitaneadas pela Confech (Confederação dos Estudantes do Chile), consideraram as ações governamentais um importante primeiro passo, porém insuficiente. Por isso, mantiveram o protesto.
Na terça (24), Beyer, anunciou o projeto de um novo crédito educativo. Entre as sete medidas específicas se destaca a criação de um fundo estatal que administrará os CAEs (créditos com aval do estado, principal programa de bolsas oferecido pelo governo), e não mais os bancos privados, como ocorre atualmente. O fundo é destinado somente a estudantes universitários.
Segundo Beyer, “o novo projeto nasceu de um estudo que buscou a forma mais barata de financiar as bolsas universitárias, e a que achamos mais conveniente era através de um novo organismo público”. O ministro, porém, não quis criticar o atual sistema: “o financiamento através dos bancos era o mais adequado em outro momento, mas o panorama atual indica que o volume de crédito vai crescer. Por isso, precisamos de outro modelo e uma mudança na forma de cobrança”.
Outro ponto importante da nova proposta governamental é a taxa fixa de juros para os novos créditos (que em um princípio será de 2% ao ano). O novo sistema de acesso às bolsas considerará critérios socioeconômicos e estipula uma fórmula de cobrança em que o pagamento das quotas ocorra somente quando o beneficiado entrar no mercado de trabalho.
Beyer acredita que, no futuro, o novo crédito educativo poderá cobrir até 90% dos universitários chilenos, mas não precisou quantos serãocontemplados no primeiro momento. Essa cifra dependerá do trâmite do projeto no Congresso. Por essa razão, ele fez um apelo pedindo pressa aos parlamentares. “Seria muito importante ter essas medidas implantadas já em 2013. Para isso precisamos de um debate o menos tumultuado possível”, afirmou.
O ministro negou que o anúncio das medidas na véspera da marcha fosse uma tentativa de esvaziar a mobilização. “As marchas estão autorizadas. Só esperamos que não haja distúrbios e que não seja uma atitude intransigente, que não feche as portas para um diálogo posterior”, concluiu Beyer.
Reação
“Uma pequena vitória dos que foram às ruas em 2011, mas que ainda não faz do panorama o ideal. Precisamos continuar mobilizados”, foi o termo usado pelo porta-voz da Confech e presidente da Feuc (Federação dos Estudantes da Universidade Católica) Noam Titelman para definir as medidas do governo.
O líder estudantil acredita que a saída dos bancos privados do sistema de crédito é um gesto na direção ao fim da busca pelo lucro na Educação, embora seja uma medida isolada. “Se o governo pode rever o lucro dos bancos também pode fazer o mesmo com as universidades. Senão cai em uma contradição e o projeto pode soar demagógico”, afirmou.
Após o anúncio, a Confech realizou uma reunião extraordinária, no final da tarde de terça, que terminou com a decisão de manter a marcha convocada para quarta. A vice-presidente da entidade, Camila Vallejo, afirmou que “ainda é cedo para saber o que se está propondo e como pretendem fazê-lo, para evitar que nos enganem com a letra miúda, que tem sido comum neste governo”.
Em entrevista ao Opera Mundi, Camila deixou clara sua desconfiança com respeito à proposta de Beyer: “É no mínimo intrigante o fato de os bancos estarem dispostos a perder um negócio tão grande como o sistema de crédito. Merecemos saber se eles realmente não receberão algo em troca”.
Sobre a marcha desta quarta-feira, a estudante, apontada pela revista norte-americana Time como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2011, considera que “será o momento de revalidar as bandeiras do ano passado, e de dizer ao governo que queremos propostas claras, visando acabar com o endividamento das famílias e não apenas diminuir o problema. E isso só se consegue com gratuidade”.
A marcha estudantil desta quarta (25) foi realizada nas principais capitais provinciais do país. Em Santiago, a última marcha que teve autorização para passar em frente ao palácio presidencial aconteceu em 14 de julho de 2011.

Fonte: Opera Mundi

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Los Hermanos comanda primeiro dia do Abril Pro Rock

20ª edição do Abril Pro Rock recebe, nesta sexta, sábado e domingo, atrações de pop, metal e world music

Publicado em 20/04/2012, às 07h02

Renato Contente

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O primeiro dia do Abril Pro Rock (APR) é conhecido por trazer à cidade atrações veiculadas, em sua maior parte, à musicalidade pop. Em sua 20ª edição, o festival mantém a tradição, unindo nomes consagrados e outros bastante recentes, mas que convergem para o pop brasileiro. Nesta sexta (20), a partir das 20h30, sobem ao palco do Chevrolet Hall Los Hermanos, A Banda Mais Bonita da Cidade, Tibério Azul e a vencedora do concurso Bis Pro Rock, Somato.

HERMANOS NO RECIFE

Um dos nomes que já fizeram história no festival, a banda carioca Los Hermanos volta a se unir para trazer mais um show ao Recife. A capital pernambucana, que tem um dos maiores e mais calorosos públicos do quarteto carioca, marcou momentos seminais para eles. Foi aqui, no revéillon de 2007, no Marco Zero, que a banda fez o último show antes de anunciar o hiato que a separaria por tempo indeterminado. Entre os momentos marcantes está também o APR 2005, em que o grupo abriu o show do banda britânica Placebo, e o show de estreia do que seria a primeira turnê de "volta" da banda, em 2010.

O repertório traz canções dos quatro álbuns lançados entre 1999 e 2004, desde o rock com peso melódico do começo da carreira ao refinamento musical crescente, e sem definição precisa, dos discos posteriores. Os integrantes Marcelo Camelo, Rodrigo Barba, Rodrigo Amarante e Bruno Medina não devem deixar de incluir as aclamadas Retrato pra Iaiá, Morena, Paquetá, Sentimental e Pierrot.

AÇÚCAR E AFETO

Quem leva corações e bastante açúcar hoje ao palco do APR é a paraense A Banda Mais Bonita da Cidade. O grupo, que ficou conhecido em maio do ano passado com um clipe fofo para a música Oração, foi alvo imediato de inúmeras paródias e se tornou um vídeo viral no Youtube.

"Tudo o que aconteceu desde que colocamos o vídeo no ar foi uma surpresa. Chegar a tocar no APR nos deixa muito felizes e honrados, mas também bastante ansiosos. Acho que conseguimos administrar bem os 15 minutos de fama na internet", diz Uyara Torrente, vocalista do grupo. Para hoje, as canções Oração, Boa pessoa, Canção para não voltar e, se a banda ceder aos apelos da plateia, uma versão de Dois barcos, de Los Hermanos. Além de Uyara, integram o grupo Vinícius Nisi (tecladista), Rodrigo Lemos (guitarrista), Diego Plaça (baixista) e Luís Bourscheidt.

POETA

Tibério Azul, um dos nomes de maior destaque no cenário musical brasileiro no ano passado, leva ao APR o lirismo de Bandarra, seu álbum de estreia. Além de Veja só e Lá em casa, o também vocalista da Seu Chico divide o palco com o pianista Vítor Araújo na canção Alquimista tupi. "Sei que no APR vou encontrar uma boa estrutura, um público aberto e uma banda em completa conexão. É esse o sentido de tudo o que faço: tocar sem problemas técnicos, ter pessoas atentas e estar solto", revela o pernambucano, animado para o show de hoje à noite. Uma versão promocional do disco Bandarra vai estar à venda no festival, pela bagatela de R$ 2, ou, nas palavras de Tibério, "por dois contos, dois abraços, dois sorrisos, dois reais".

O VENCEDOR

Aos vencedores, os Los Hermanos. Foi a banda catarinense Somato a escolhida para abrir o show dos cariocas, através do concurso Bis Pro Rock. A banda une elementos do folclore latino, rock, música erudita, chanson française e MPB, com versões inusitadas de outros artistas e composições próprias. "No Recife, o foco vai ser ajustado nas músicas autorais. O APR é um dos maiores festivais de música independente do Brasil, é uma honra poder tocar aqui", revela Glória Goulart, tecladista e uma das vocalistas. Além dela, o grupo é formado por Bruno Andrade (voz e guitarra), Claudio Garcia (voz e violão), Mariel Maciel (voz e percussão) e Thiago Gasparino (voz e violoncelo).

Pernambuco terá mais quatro centros tecnológicos

Investimento será de R$ 30 milhões, sendo R$ 25 milhões em obras e R$ 5 milhões na reforma e ampliação das estruturas já existentes

Publicado em 19/04/2012, às 16h57

Do JC Online

 / Foto: Alexandro Auller/JC Imagem

Foto: Alexandro Auller/JC Imagem

O Estado receberá um investimento de R$ 30 milhões para implantar quatro novos centros tecnológicos (CTs),  ampliar e reformar os cinco CTs já existentes. Os recursos serão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDC), autarquia do Ministério da Educação e Cultura (MEC). As obras devem ser feitas em um ano e meio, segundo o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Marcelino Granja. Os novos CTs serão na área de fármacos, em Goiana; metalmecânica, em Suape; agricultura irrigada, em Petrolina e Aquicultura e Pesca, em São Lourenço da Mata. A implantação dos novos CTs custará R$ 25 milhões.
Os R$ 5 milhões restantes serão empregados na ampliação e reforma dos cinco CTs já existentes, administrados pelo Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) em parceria com a secretaria estadual de Ciência e Tecnologia. Os CTs que estão em funcionamento são o do leite, em Garanhuns; o do gesso, em Araripina; o da caprinocultura, em Serra Talhada; Cultura Digital, em Peixinhos e o de moda, em Caruaru.

Além do investimento na infraestrutura dos CTs, o governo do Estado iniciou um projeto para capacitar os gestores e empresários de sete Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Pernambuco. Serão investidos cerca de US$ 17 milhões  (cerca de R$ 31,7 milhões) em capacitações, treinamentos, consultorias e até equipamentos que poderão ser comprados para o uso coletivo dos empresários desses setores nos Centros Tecnológicos.

Bom dia, Mario Quintana

‎' Quero sempre poder ter um sorriso estampado em meu rosto, 
mesmo quando a situação não for muito alegre… 
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.'

Mario Quintana.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Copom reduz taxa básica de juros para 9% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central repetiu nesta quarta-feira (18) a dosagem de 0,75 ponto percentual aplicada em março e reduziu, por unanimidade, sem viés, a taxa básica de juros (Selic) de 9,75% para 9% ao ano.


Na ata da reunião anterior do colegiado de diretores do Banco Central (BC), a redução de 0,75 pp já havia sido sinalizada. A maioria dos analistas financeiros também manifestou a expectativa no boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (16), pela autoridade monetária.

Foi a sexta redução consecutiva na taxa básica de juros desde o final de agosto do ano passado, quando a Selic estava em 12,5% e o Copom cortou 0,5 ponto percentual, dando início ao processo de afrouxamento da política monetária. A decisão dividiu a diretoria do BC à época e surpreendeu a maioria dos analistas financeiros, que apostavam na manutenção dos juros de então, depois de cinco altas, a partir de janeiro de 2011, quando a Selic estava em 10,75%.

Agora, o mercado trabalha com a expectativa de que o BC mantenha a Selic estável pelo resto do ano, de modo a avaliar os efeitos dos juros mais baixos em um ambiente sem pressões inflacionárias, apesar das preocupações com a crise econômica internacional. A leitura mais aprofundada do cenário econômico interno e externo, no entanto, só será conhecida com a divulgação da ata da reunião, na próxima quinta-feira (26).

A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), por meio de nota assinada por seu presidente, Wagner Gomes, considerou a queda dos juros positiva, porém insuficiente.

“A iniciativa anunciada na noite desta quarta-feira, 18, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), de reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 75 pontos básicos, para 9% ao ano, é positiva, mas ainda insuficiente e conservadora. O Brasil segue sendo um campeão mundial dos juros altos e o Banco Central já emitiu sinais de que não pretende promover novas reduções”. 

O sindicalista avisa que a CTB continuará lutando para que os juros recuem aos níveis praticados por países com grau de desenvolvimento comparável, onde em geral a taxa real (descontada a inflação) oscila em torno de 1%. A advertência se baseia entre outras coisas na convicção da CTB de que a Selic tem forte impacto sobre o orçamento público na medida em que serve de base à remuneração dos títulos emitidos pelo governo e de que a prevalência de juros altos resulta numa brutal transferência de renda do conjunto da sociedade para a oligarquia financeira, em detrimento dos investimentos em infraestrutura, saúde, educação, habitação, entre outros. 

O Orçamento da União para 2012 destina 47% dos recursos para pagamento e refinanciamento da dívida. Já o superávit primário (contingenciamento de verbas para pagar juros) chegou a R$ 128,7 bilhões em 2011 e deve alcançar cerca de R$ 140 bilhões até o final deste ano. Por isto, falta dinheiro para melhorar a vida de aposentados e professores, viabilizar e fortalecer o SUS, melhorar a educação pública e contemplar outras demandas dos movimentos sociais.

A CTB faz ponderações gerais sobre o impacto dos juros sobre o conjunto da economia. “Além dos juros básicos, a economia brasileira sofre com a agiotagem praticada pelo sistema bancário através do spread, a diferença entre o que os bancos pagam para captar dinheiro e as taxas de juros cobradas nos empréstimos concedidos a consumidores e empresas. Em algumas modalidades de crédito, como cartão e cheque especial, a banca chega a impor juros superiores a 200% ao ano, um despautério que restringe e sabota o crescimento da produção e do consumo”.

A CTB volta suas baterias contra o “spread absurdo”, para o qual não há explicação técnica plausível, conforme denunciou a presidente Dilma. “Reflete a ganância sem limites e a falta de compromisso dos banqueiros com o desenvolvimento nacional. Isto ficou mais claro depois da iniciativa dos bancos públicos, induzida pelo governo, de reduzir suas taxas, o que está forçando a banca privada a adotar procedimento semelhante para não perder clientes. Parece evidente que as taxas de juros praticadas no Brasil (não só a básica) podem e devem continuar caindo. É indispensável ampliar a mobilização social e as pressões para transformar esta possibilidade em realidade”, conclui o presidente da CTB. 

Da Redação, com Agência Brasil e CTB
Fonte: www.vermelho.org.br

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dilma lembra Lei de Acesso durante conferência sobre 'Governo Aberto'

A presidente Dilma Rousseff lembrou, nesta terça-feira (17), que o Brasil deu um passo decisivo e histórico para a ampliação da transparência no país com a aprovação da Lei de Acesso à Informação, que entra em vigor no dia 16 de maio. “Todos os brasileiros poderão consultar documentos e informações produzidos pela administração pública, que deverão ser oferecidos de forma clara em linguagem simples e direta com apoio de ferramentas de busca e pesquisa”, frisou a presidente.


Dilma durante a primeira edição da Conferência Alto Nível de Parceria para um Governo Aberto/ foto: AgBR

As declarações foram feitas durante a 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto, em Brasília (DF), presidida por Dilma e pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

“Trata-se de uma das leis mais avançadas de transparência ativa e passiva adotando padrões de dados abertos para divulgação de informações. As informações devem ser abertas por Executivo, Legislativo e Judiciário e todos os níveis de governo", lembrou a presidente brasileira. Ela completou sua fala lembrando que serão adotadas tecnologias que permitem informações adequadas para facilitar o acesso e a gestão, proporcionando um combate mais efetivo a corrupção.

Ela ressaltou que, para o Brasil, o governo aberto fundamenta-se em três pilares “indissociáveis”: a transparência que permite a prestação de contas; a participação social que assegura a cidadania, e o monitoramento sistemático dos resultados das políticas públicas que asseguram uma gestão de qualidade.

“Mas queremos mais. Queremos, também, aprimorar a qualidade do gasto público. Reduzir custos, racionalizar processos e, acima de tudo, garantir que nossas políticas façam a diferença para melhor na vida da população”, disse a presidente Dilma.

Governo Aberto

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, também presente, defendeu a abertura e transparência das informações públicas em seu discurso. “Quanto maior for a exposição e a publicidade dos gastos e atos públicos, menor será o espaço para a corrupção e o desperdício”, ressaltou.

Hage destacou o crescente aumento do interesse dos países em aderir ao Governo Aberto relatando que o grupo começou com oito países fundadores, em 2011, para os atuais 55 membros. Ele citou também o interesse de organizações da sociedade civil no mecanismo. 

“Tudo isso significa uma aposta na democracia, na renovação dos povos, nas instituições e em mecanismos democráticos de governo”, disse Jorge Hage, ao lembrar ainda que se trata de uma iniciativa de compromissos voluntários e espontâneos.

Já a secretária de Estado dos Estados Unidos, enfatizou que as nações que não aderirem aos esforços ficarão para trás, já que o mundo atual é o da globalização e integração.

“Os governos que se escondem do público, que ignoram as aspirações dos povos, vão se tornar cada vez mais insustentáveis”, disse Hillary, no discurso de cerca de 15 minutos na abertura do evento.

Sistema financeiro

A presidente cobrou transparência e regulação do setor financeiro. “Quando não há monitoramento e regulação adequados os fluxos financeiros são passíveis de manipulação com prejuízos para toda a economia mundial e para as conquistas sociais dos países”, disse. 

Diante de representantes de mais de 50 países e de Hillary Clinton, a presidente Dilma Rousseff citou alguns dos mecanismos do governo brasileiro que permitem aos cidadãos o monitoramento, via internet, dos gastos públicos, como o Portal da Transparência.

O que é a conferência

A 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto tem o objetivo de alcançar avanços nos compromissos assumidos pelos governos para garantir maior acesso às informações públicas, aumentar a participação cívica, combater a corrupção e aproveitar novas tecnologias para tornar os governos mais transparentes e eficazes.

O encontro, iniciado na segunda-feira (16/4), é copresidido pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos. A ideia da conferência surgiu a partir de um encontro entre Dilma e o presidente norte-americano, Barack Obama. A parceria é um fórum de participação voluntária que reúne governos e entidades da sociedade civil.

Da redação com agências
Fonte: Portal Vermelho

O povo escreve sua História na Parede!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Trabalho aprovado na 4ª Mostra Científica da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)

É com imenso prazer que compartilho com os leitores deste Blog, a aprovação de um resumo de minha autoria encaminhado a 4ª Mostra Científica da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), que ocorrerá entre os dias 03 a 06 de maio, na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo-SP. 

Confiram as informações, conforme link abaixo:

Link com o comunicado de aprovação do Resumo na 4ª Mostra Científica da ANPG

Atenciosamente,


Anderson Diego
editor do Blog.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Publicada lei que declara Paulo Freire patrono da educação

Brasília - O Diário Oficial da União publicou nesta segunda-feira (16) a lei que declara o educador Paulo Freire patrono da educação brasileira.



O projeto de lei foi aprovado no início de março pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em decisão terminativa, por unanimidade.

Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) foi educador e filósofo. Considerado um dos principais pensadores da história da pedagogia mundial, influenciou o movimento chamado pedagogia crítica. Sua prática didática fundamentava-se na crença de que o estudante assimilaria o objeto de análise fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído.

Freire ganhou 41 títulos de doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. Foi preso em 1964, exilou-se depois no Chile e percorreu diversos países, sempre levando seu modelo de alfabetização, antes de retornar ao Brasil em 1979, após a publicação da Lei da Anistia

Biografia- Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife. Filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar de Pernambuco e de Edeltrudes Neves Freire, Dona Tudinha, Paulo teve uma irmã, Stela, e dois irmãos, Armando e Temístocles.

A irmã Stela foi professora primária do Estado. Armando, funcionário da Prefeitura da Cidade do Recife, abandonou os estudos aos 18 anos, não chegou a concluir o curso ginasial. Temístocles entrou para o Exército. Aos dois, Paulo agradece emocionado, em uma de suas entrevistas a Edson Passetti, pois começaram a trabalhar muito jovens, para ajudar na manutenção da casa e possibilitar que Paulo continuasse estudando.

Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África.

O educador procurou fazer uma síntese de algumas correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico.[carece de fontes] Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de esquerda.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.

Fonte- Folha de PE

Audiência debate condições de trabalho em Suape

Por proposição do deputado Luciano Siqueira (PCdoB), a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa promove no dia 18 de abril (quarta-feira), a partir das 9h, audiência pública para debater as relações de trabalho neste novo ciclo de desenvolvimento de Pernambuco, com foco no que acontece no Complexo Portuário de Suape. A reunião acontecerá no auditório da Alepe, no 6º andar do Anexo I.



Segundo Luciano, a intenção do encontro é aprofundar a discussão sobre as condições de trabalho em Suape, visando melhorar as condições de trabalho dos milhares de trabalhadores que atuam no complexo, bem como contribuir para a resolução dos conflitos trabalhistas que vem ocorrendo no local.

“O debate vai girar também em torno da necessidade de que sejam elaboradas políticas públicas que reflitam o novo cenário socioeconômico da região onde está instalado o complexo portuário”, adiantou o parlamentar.

Na lista de convidados, os secretários estaduais de Articulação Social e Regional, Sileno Guedes, e do Trabalho, Antônio Carlos Maranhão; o superintendente regional do Trabalho, André Luiz Negromonte; o representante da Força Sindical e dos trabalhadores da construção civil, Aldo Amaral; e o representante da Federação Interestadual dos Metalúrgicos, Moacir Paulino Silveira.

Também estão sendo convidados, líderes políticos; instituições públicas, como Condepe/Fidem, Parlamento Metropolitano e Ministério Público; universidades; prefeituras municipais, com destaque para gestores e técnicos das prefeituras de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho; centrais sindicais, como CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e Conlutas; estudantes, empresários e trabalhadores.

Fonte: Site de Luciano Siqueira

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Bom dia, Plabo Neruda!

"Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.

Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
-tem que ter reflexo".

Pablo Neruda

Campanha Nacional pelo reajuste das bolsas de Mestrado e Doutorado

No mês de março os pós-graduandos paralisaram suas atividades e mostraram sua indignação pelos quase 4 anos sem reajuste das bolsas de mestrado e doutorado. Nesta terça-feira (10), às 16h, os pós-graduandos de todo país dão continuidade à pressão pelo reajuste das bolsas de mestrado e doutorado com mais um twittaço #MinhaBolsaNaoAumentou Nesta segunda a ANPG lançou um vídeo que já está circulando nas redes sociais e durante a semana ocorrem assembleias e reuniões de APG’s nas universidades para debater ações da campanha e também a participação no 23º Congresso da ANPG.
A formação de recursos humanos cumpre papel central no que se refere ao pleno desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. Ciente dessa importância, é bandeira permanente da ANPG a luta pela valorização e investimento na formação dos mestres e doutores do nosso país. Exemplos desse empenho são a contribuição destacada e o acompanhamento dado ao Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), ao Projeto de Lei 2315/2003(PL dos Pós-Graduandos) e às sucessivas e vitoriosas Campanhas de Bolsas.

No dia 29 do mês de março a ANPG convocou uma PARALISAÇÃO dos pós-graduandos, e de Norte a Sul do país as APG’s deram o recado: #MinhaBolsaNãoAumentou 
Os pós-graduandos organizaram inúmeras manifestações em protesto aos mais de 1400 dias sem reajuste das bolsas de mestrado e doutorado: atos políticos, panfletagem, debates e até “festa” de 4 anos sem reajuste aconteceram em diversas universidades. A hashtag #MinhaBolsaNaoAumentou tomou conta do Twitter durante toda a tarde do dia 29. 
A repercussão na mídia foi grande e 4 dias depois o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou que o governo vai reajustar as bolsas. "Temos que construir um reajuste das bolsas da Capes o mais rápido possível, para corrigir a defasagem", enfatizou o Ministro, durante entrevista dada a correspondentes estrangeiros em Brasília. Na visão de Mercadante, o programa Ciência sem Fronteiras - de intercâmbio e mobilidade internacional - não faz sentido sem a devida recomposição dos valores das bolsas no país e no exterior. Hoje, no Brasil, as de mestrado estão em R$1,2 mil; de doutorado, em R$1,8 mil; pós-doutorado, R$3,3 mil, e professor visitante nacional sênior, R$8,9 mil. No exterior, o valor varia conforme o país, a modalidade e a condição familiar.
O último reajuste de bolsas de pós-graduação no país ocorreu em junho de 2008, quando as de mestrado passaram de R$ 940 para os atuais R$ 1,2 mil e as de doutorado de R$ 1,3 mil para R$ 1,8 mil.

Mais pressão
Apesar do anúncio, para a ANPG ainda é cedo para comemorar. A presidenta da entidade, Elisangela Lizardo, convocou os pós-graduandos para mais um twittaço, na tarde desta terça (10): “Não podemos nos descuidar agora. A pressão vai aumentar e o reajuste tem que sair. A formação de recursos humanos é estratégica para o país e o valor das bolsas precariza a pesquisa científica brasileira”, disse.

Baixe o novo panfleto e o vídeo da Campanha de Bolsas.
Organize atividades na sua Universidade na próxima terça (10) e mande relatos para comunicação@anpg.org.br     


O twittaço acontece na terça-feira (10) às 16h com a hashtag  #MinhaBolsaNaoAumentou                    

Participe do 23º Congresso Nacional de Pós-Graduandos. Clique aqui e saiba mais.

ANPG

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Márcio Pochmann: Transformação do capitalismo

Os termos do debate sobre a crise do capitalismo global correm o sério risco de ficar restritos cada vez mais às superficialidades dos entendimentos de curto prazo, que no máximo massageiam a ponta do iceberg. 


Por Márcio Pochmann, em Le Monde Diplomatique


Natural, quando a capacidade de produzir conhecimento encontra-se cada vez mais (i) fragmentada, no caso das ciências, pelas especializações estimuladas pela visão neoliberal, (ii) enfraquecida pela orientação competitiva e produtivista em vigor nas universidades e (iii) enviesada pela lógica da comunicação contida de twitters, facebooks, e-mails, blogs, etc.

Na mesma direção, o exercício do monopólio da mídia aprofunda-se na arte de confundir, o que ajuda mais o processo em curso de alienação. A escassez dos debates mais aprofundados sobre a mais grave crise do século impede que partidos políticos, sindicatos e o próprio movimento social identifiquem nesse acontecimento de ordem global a grande oportunidade para que a história seja escrita de outra forma.

Isso porque a crise não resulta de um corpo estranho ao modo de produção capitalista. Pelo contrário, compreende justamente as situações específicas em que as condições de sua reprodução encontram-se esgotadas, enquanto as novas ainda permanecem imaturas. A longevidade da manifestação das crises depende fundamentalmente da capacidade política de superação dos entraves à reprodução do capital, simultaneamente ao abandono das velhas e anacrônicas formas de seu funcionamento. Consequentemente, a incapacidade política de superação da crise no capitalismo pode levar, inclusive, ao aparecimento de outros modos de organização social e produção econômica e à transição para eles.

Nesse sentido, os arranjos político-institucionais se mostram estratégicos para a resolução ou continuidade das crises numa economia monetária de produção e distribuição de riqueza. E dependem direta e indiretamente dos enfrentamentos entre novos e velhos sujeitos e classes sociais. Com essa perspectiva, o presente artigo procura oferecer pistas para o entendimento dos elementos novos nas condições de reprodução capitalista, que, sem sua resolução política, poderão conferir maior longevidade à manifestação da crise atual. Antes disso, contudo, ressaltam-se brevemente as especificidades caracterizadoras das crises e suas transformações no capitalismo.

Especificidades das crises capitalistas

Os últimos dois séculos foram marcados pela convivência com distintas crises no modo de produção capitalista. Duas delas, todavia, merecem maior atenção. A primeira, ocorrida entre 1873 e 1896, expressou um conjunto de obstáculos para a consolidação do capitalismo urbano-industrial diante dos entraves emergentes da velha sociedade agrária. Destaca-se que, até o início do Século 19, o capitalismo urbano-industrial encontrava-se centrado na Inglaterra, enquanto predominavam em praticamente todo o mundo as sociedades agrárias em seus mais variados graus de funcionamento.

Com o avanço, no Século 19, do ciclo de industrializações retardatárias em alguns países como Alemanha, Estados Unidos, França, Rússia, Itália e Japão, tornaram-se claras as disputas pela hegemonia de novos centros dinâmicos mundiais, não mais e apenas concentrados na velha Inglaterra. As duas violentas disputas mundiais, expressas pelas grandes guerras de 1914 e de 1939, consolidaram os Estados Unidos como centro dinâmico capitalista, ainda que em crescente tensão com o bloco de países de economias centralmente planejadas, liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Toda essa transição geopolítica no capitalismo mundial foi acompanhada pelo aparecimento e pela consolidação de novos sujeitos sociais em âmbito nacional, como no caso das classes trabalhadoras e burguesas. A estruturação de inovadoras instituições de representação dos interesses desses novos sujeitos pelas mãos de sindicatos e associações patronais e laborais e partidos políticos consagrou o regime democrático formal como arena da resolução de conflitos capaz de oferecer possibilidades menos desiguais de produção e repartição da riqueza. A combinação explícita ou implícita dos entendimentos entre classes trabalhadoras e burguesas permitiu superar entraves impostos pelas condições de reprodução capitalista envelhecida pelo velho agrarismo.

Mas isso, todavia, somente se tornou mais evidente a partir da resolução dos obstáculos revelados pela grande crise de 1929. De um lado, o abandono das ultrapassadas formas de funcionamento do Estado mínimo liberal, que permitiu a constituição de um novo Estado ampliado em suas funções e fortalecido pela regulação da competição capitalista. Com isso, o excedente econômico crescentemente multiplicado passou, em parte, a retornar a seus geradores originais, os trabalhadores. Estes, por sua vez, conquistaram, entre vários aspectos, a liberação do tempo de trabalho ao qual se encontravam prisioneiros. Assim, ganhou importância a libertação do trabalho heterônomo pela educação, nas faixas etárias mais precoces (crianças, adolescentes e jovens), e pelos esquemas de aposentadoria e pensão, nos estratos adoentados e envelhecidos; bem como a redução da jornada de trabalho (férias, feriados e tempo de 48 horas semanais).

De outro lado, houve a fundamentação do padrão regulatório da competição e dominação intercapitalista em âmbito nacional e supranacional. O avanço das grandes empresas multinacionais e o caráter cada vez mais imperialista de manifestação do desenvolvimento capitalista no mundo exigiram o restabelecimento de acordos entre as principais nações. Nesse momento, os Estados Unidos assumiam de fato o centro econômico dinâmico do mundo, com moeda de curso internacional (padrão monetário ouro-dólar), forças armadas predominantes e complexo produtivo e tecnológico de grande dimensão.

A consagração do sistema das Nações Unidas permitiu o estabelecimento de uma arena política reconhecida por todos os atores na definição compartilhada de soluções que atendessem aos compromissos ou às intervenções multinacionais em relação aos conflitos armados, assim como a regulação econômica (financiamento e moeda internacional) e comercial (liberação de fluxos financeiros e de bens e serviços interpaíses). Assim, por quase três décadas a partir do segundo pós-guerra, a trajetória de dinamismo capitalista foi surpreendentemente alta e associada aos anos de ouro, com a profusão da norma de produção e consumo do american way of life.

Em plena Guerra Fria (1947-1991), alguns países periféricos conseguiram fazer avançar modelos distintos de constituição da sociedade urbano-industrial. Na América Latina, a experiência da industrialização tardia se deu por meio da associação subordinada do capital estatal e da burguesia nacional ao das grandes empresas multinacionais. A internalização da industrialização implicou modernização capitalista inegável em meio à maior dependência nacional ao capital internacional. Em alguns países asiáticos, a experiência de industrialização seguiu com maior apoio ao nascimento e fortalecimento de grandes empresas nacionais, contendo articulação entre capitais estatais e da burguesia nacional.

Desde o começo da década de 1970, entretanto, sinais de esgotamento do paradigma da sociedade urbano-industrial passaram a ser observados. Inicialmente, a incapacidade de os Estados Unidos manterem intacta sua moeda de curso internacional, o que ficou claro com as medidas de abandono do padrão ouro-dólar. Também a regulação supranacional da competição intercapitalista sofreu abalos, com a crescente desregulação do sistema financeiro diante da crescente liquidez internacional gerada pelo deslocamento das grandes empresas multinacionais, novos enriquecimentos de países exportadores de petróleo e dos fluxos financeiros provenientes de atividades ilegais (tráfico de armas, pessoas, corrupção, drogas, entre outros).

Ademais, o enfraquecimento relativo dos Estados Unidos em relação aos milagres econômicos da Alemanha e do Japão passou a indicar o aparecimento de um novo campo da política internacional para a disputa da sucessão norte-americana na hegemonia mundial. A resposta não tardou. A substituição dos pressupostos econômicos e monetários keynesianos pelo receituário neoliberal abriu novas oportunidades para o soerguimento repentino norte-americano em meio às crescentes fragilidades dos alemães, expostas pela unificação das duas Alemanhas, com o fim da Guerra Fria, e dos japoneses, que amargaram mais de uma década de crise imobiliária, o que antecipou rapidamente a decadência nipônica.

O destampar do neoliberalismo fortaleceu o coração financeiro dos Estados Unidos com o enriquecimento impressionante do capital fictício. A acumulação capitalista por meio da expansão financeira de direitos de acesso à riqueza foi facilitada pela revolução tecnológica, especialmente nas áreas de informação e comunicação. Mas isso foi tornando gradualmente a economia norte-americana oca, pelo esvaziamento de seu sistema produtivo e o engrandecimento do seu castelo de cartas (dialética da geração de direitos de riqueza imaterial sem a equivalência da riqueza material).

Outra característica marcante da liderança neoliberal no fim do Século 20 foi o aprofundamento do movimento de concentração e centralização do capital, convergindo cada vez mais para o engrandecimento das corporações transnacionais. As reformulações que apequenaram o papel do Estado, orientadas pela cartilha do Consenso de Washington e difundidas pelo sistema das Nações Unidas (Banco Mundial e FMI) e pelas representações nacionais vassalas (mídia, academia e política), foram vitais para o fortalecimento do poder privado sem comparação anterior.

Mas a manifestação da crise em 2008 terminou por enunciar sua importante especificidade histórica. Pela primeira vez se observa uma crise efetivamente de dimensão global, com todos os países submetidos à lógica do capital. Nas grandes crises de 1873 e de 1929, o capitalismo não se apresentava ainda global, pois havia a presença de partes do planeta submetidas à condição de colônia e às experiências do socialismo desde 1917.

Além disso, a crise atual revela-se sistêmica perante a gravidade que resulta da insustentabilidade ambiental, da fome e da pobreza mundiais, da ignorância e insalubridade populacional globais. Não se trata, portanto, de uma crise de natureza estritamente econômica, pois é muito mais do que isso, especialmente quando se considera o curso da revolução tecnológica e do reaparecimento de novas centralidades dinâmicas globais. Até pouco tempo seria inimaginável acreditar que os Estados Unidos pudessem depender das decisões do Partido Comunista chinês ou que países como Itália e Espanha, para não dizer a União Europeia, recorressem à Índia e ao Brasil para evitar o colapso de suas finanças públicas (uso das reservas soberanas na aquisição dos títulos do endividamento público).

Crise como condição de transformação

O mundo continuará a conviver com a crise atual por tanto tempo quanto depender o processo de maturação do novo, em meio ao esgotamento das velhas condições de reprodução capitalista. Três questões de novo tipo encerram a complexa engrenagem capitalista, a saber: (i) a resolução da consolidação do novo centro dinâmico global; (ii) a conformação de outra relação do Estado diante do avanço do processo de hipermonopolização do capital; e (iii) a regulação do novo paradigma produtivo assentado na expansão do trabalho imaterial.

Na perspectiva histórica, a emergência de novos centros dinâmicos não constitui fato inédito. A passagem do centro mundial asiático para a Inglaterra na segunda metade do Século 18 e a ascensão norte-americana no final do Século 19 não se deram de forma pacífica. Tudo foi acompanhado por importantes conflitos armados. No caso atual, quando a crise global deixa claro o conjunto de sinais de decadência dos Estados Unidos em meio à ascensão asiática, fica a pergunta: como será a acomodação dos países desenvolvidos perante o reposicionamento de nações que até então eram somente periféricas (China, Índia e Brasil)? A ausência de mecanismos de regulação global que permitam expressar essa nova realidade, como moeda de curso internacional, mantém ativo o desequilíbrio entre nações sem grandes complexos militares e tecnológicos.

Uma nova governança mundial seria necessária, pois o atual vazio do sistema das Nações Unidas parece inconteste. O G20 ganhou expressão recente e importante, mas não tem institucionalidade e legitimidade requerida para colocar em prática suas decisões. É uma excrescência a permanência nos dias de hoje dos chamados países paraísos fiscais. O G20 já chamou a atenção para isso, mas quais foram as ações adotadas para a resolução do problema?

Da mesma forma, a força das corporações transnacionais a dominar cada vez mais qualquer setor de atividade econômica torna proporcionalmente superior o exercício do poder soberano pelos Estados nacionais. Não são mais países que têm empresas, mas empresas que têm países e que se mostram capazes de financiar partidos e políticos e tornar presidentes, governadores e prefeitos, muitas vezes, meros caixeiros-viajantes dos interesses dos grandes grupos privados. Os regimes democráticos distanciam-se da expressão popular, subvertidos que são cada vez mais pelo poder do dinheiro e pelos interesses lucrativos do grande capital desviado de qualquer compromisso com a sustentabilidade do planeta. Como alterar o padrão econômico insustentável ambientalmente quando são as grandes corporações transnacionais – não mais de quinhentas no mundo – que resistem a manter intactos o modo de produção e a distribuição de riqueza comprometedora dos recursos naturais?

O que se poderia esperar quando cerca da metade da riqueza do mundo e quatro quintos dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico são de responsabilidade das quinhentas maiores corporações transnacionais? Elas governam o mundo, pois se tornaram tão grandes que não podem mais nem sequer quebrar. Além disso, corporações são cada vez mais dependentes da associação com o Estado nacional, sugando, como carrapatos, parcela crescente do orçamento público. A alternativa tem sido ampliar o ajuste fiscal, comprimindo o financiamento do Estado de bem-estar social e ofertando recursos adicionais aos que “realmente contam” na lógica da crise global.

Por fim, a transição para o trabalho imaterial, que faz emergir novas formas de riqueza assentada sobre exploração jamais vista, embora desconhecida diante do véu de alienação que cega aqueles que em tese deveriam, pelo menos, vigiá-la, denunciá-la e lutar contra ela. As jornadas de trabalho são mais intensas e extensas, pois a presença constante das novas tecnologias de informação e comunicação permite levar o trabalho heterônomo a qualquer lugar. O curso do desenvolvimento capitalista apropria-se não somente da força física do trabalhador, mas cada vez mais de seu coração e mente.

A mão de obra segue plugada no trabalho quase 24 horas por dia. Se existe mais trabalho, há, em consequência, mais riqueza, que se concentra e conforma a força dos novos monopólios globais. Esta trajetória histórica do capitalismo corrói a força de seu dinamismo, que se tornou restabelecido quando reformas desconcentradoras da riqueza foram realizadas, especialmente pela força dos agentes sociais, e instrumentalizadas pelo Estado. Os atores políticos de uma nova ordem que protagonizariam a reforma do Estado forte e regulador seguem ainda desconhecidos.

*Marcio Pochmann é professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).