Saúdo a todas
e a todos os cidadãos vitorienses, que participam e se solidarizam com as
manifestações que andam ocorrendo por todo o País. Quero dizer da importância
histórica que estes movimentos representam para o futuro de nosso País, nosso
Estado e nossa Cidade. Estamos nas ruas porque, sem dúvida, queremos mais
avanços, mais conquistas sociais e mais democracia para o nosso povo.
Foi assim,
quando dissemos CHEGA! ao FMI (Fundo Monetário Internacional), que assolava a
economia e impedia o crescimento de nosso País; foi assim quando dissemos NÃO
ao projeto neoliberam que era pautado em nossa nação, através da política de
privatização e de enxugamento do Estado, que propunha colocar nas mãos da
iniciativa privada áreas estratégicas: como as comunicações, energia, educação,
dentre outros. Dessa forma que elegemos o primeiro Presidente popular eleito da
classe operária de nosso País e a primeira mulher eleita para o cargo de
Presidenta da República.
Quero dizer,
em breves palavras, que esses avanços representam mais do que mudanças
conjunturais, eles representam um amadurecimento político de nosso povo, que
por muitos anos sofreu com períodos de colonização, de império, de reinado, de
ditadura, enfim, sempre entregues (o nosso destino) nas mãos de poucos.
Ao contrário
do que muitos falam, o nosso povo sempre esteve presente nas ruas, lutando
contra tudo que representasse o atraso, o retrocesso. Por isso, o gigante que
existe dentro de cada brasileiro, sempre esteve acordado, sempre protestou,
sempre exigiu mudanças e reformas estruturadoras para o avanço da nação.
Portanto,
caros amigos e amigas quero lhes dizer que o sucesso de nosso movimento não
deve ser pautado pelo que as grandes mídias deflagram e tentam a todo custo
difundir - uma visão deturpada, que criminaliza os movimentos sociais e que não
condiz com a realidade do País -, mas, sobretudo, devemos pautar e nos dedicar
a discutir as reformas estruturantes que o Brasil tanto necessita: reforma
política, educacional, tributária, dos meios de comunicação, das Cidades
(mobilidade urbana e segurança pública, por exemplo) e saúde.
Com relação a
nossa Cidade, além desse conjunto de reformas estruturantes e democráticas,
acredito que uma importante bandeira de luta que devemos pautar, é a exigência junto
ao público do nosso município com relação ao não cumprimento da Lei Municipal
nº 3.307 de 02 de setembro de 2008, que versa sobre a criação do Conselho
Municipal de Juventude (COMJUV).
Esta lei foi
fruto de uma intensa discussão entre as entidades sociais de nossa Cidade e que
foi apresentada e aprovada no ano de 2008 na Câmara Municipal de Vereadores e
sancionada pelo poder executivo. Desde então, restava ao atual Prefeito da
Cidade, lançar o edital convocando as entidades juvenis para a instalação do
CONJUV.
Estamos,
portanto, em 2013 (5 anos após a promulgação da lei), e desde então não tivemos
a convocação - por meio do edital – do COMJUV, os prazos que foram
estabelecidos na lei não foram cumpridos, as entidades não foram mais
consultadas, e a cidade continua carecendo de políticas e de espaços políticos
que congreguem a juventude. É preciso retomarmos esse debate, fortalecermos as
entidades de representação juvenil, e unirmos forças pela instalação do COMJUV.
O COMJUV tem
poder de fiscalizar as políticas públicas de juventude, deliberar sobre
questões que envolvam os jovens e elaborar projetos e ações que beneficiem os
mesmos. Por isso, venho a público sugerir ao movimento que incorpore esta pauta
que trará, sem dúvida, avanços positivos aos nossos jovens e a nossa Cidade de
uma maneira geral.
Por Anderson Diego
Mestrando em Administração
(UFPE-PROPAD);
Vice-Presidente da Associação
Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e Vice-Presidente da Associação de
Pós-Graduandos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
Membro e Coordenador do Movimento
Pró-COMJUV (Conselho Municipal de Juventude) em 2008.
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