domingo, 30 de junho de 2013

Publicado pelo JC: Monte das Tabocas abandonado pela Prefeitura da Vitória de Santo Antão

Infelizmente nossa Cidade vem batendo recordes em se tratando da ausência de governantes dignos de administra-la, bem como, de projetos estruturantes para o seu real desenvolvimento. Pergunto-me, quando os nossos políticos entenderão que a velha política de pintar calçamento e limpar as ruas (muito mal por sinal - pela falta de educação das pessoas e pela desorganização da prefeitura na coleta) já passou?! O nosso País passa por um intenso momento de efervescência política, a população em geral vem demonstrando sua disposição em avançar nas mudanças e aprofundar as reformas estruturantes que o País tanto precisa desenvolver e aplicar (reformas política, tributária, dos meios de comunicação, educacional, cidades (transporte público, mobilidade urbana), agrária, saúde). É o momento de nossos políticos, da nossa sociedade assumir a responsabilidade, de fato, sobre os rumos de nossa Cidade... a começar, referindo-me a matéria do JC, pelo cuidado com o nosso patrimônio histórico - que retrata a nossa identidade e a luta de um povo por sua cultura, por sua terra, por suas tradições!! O Monte das Tabocas necessita de uma intervenção urgente dos órgãos competentes, diante do descaso que vem passando!!

Vejam a matéria: 



“Marco da cidade sem estrutura”, é o título da matéria do Jornal do Commercio publicada neste sábado (29), atestando o abandono no Sítio Histórico. A reportagem aborda as providências tomadas nos principais atrativos históricos do município.

Gestores vitorienses foram incapazes de salvar o Monte das Tabocas.
O Monte das Tabocas, famoso sítio histórico de Vitória de Santo Antão, não oferece infraestrutura para receber os visitantes. Quem chega ao local, depois de enfrentar uma estrada esburacada, encontra o museu desativado, a Capela de Nossa Senhora de Nazaré fechada, lixo e uma das placas instaladas no parque, com frases sobre a batalha travada em agosto de 1645 (século 17) entre holandeses e luso-brasileiros, quebrada.
“É preciso olhar o Monte das Tabocas como um ponto turístico, que pode gerar recursos para o município, mas isso não acontece”, lamenta Marcelo Hermínio, arqueólogo e professor de história da rede pública de Vitória. Segundo ele, o lugar só é lembrado no feriado municipal do dia 3 de agosto, que recorda a luta entre flamengos (derrotados no confronto) e luso-brasileiros, formado por portugueses, índios e negros.
Um tabocal e pés de pau-brasil foram replantados no terreno, numa referência à vegetação de origem, perdidas com o passar do tempo e as novas ocupações do lugar, diz Marcelo Hermínio. “No século 17, o monte era circundado por tabocas, usadas como tática de guerrilha para emboscar os holandeses”, afirma.
O Monte das Tabocas, área de 11 hectares, está 180 metros acima do nível do mar e é contornado pelo Rio Tapacurá. Não há controle de visitas. Quinta-feira passada havia restos de uma fogueira de São João na frente da lanchonete do parque. No local funciona a Escola Municipal Batalha das Tabocas.
Paulo Roberto Arruda, secretário de Cultura, Turismo e Esportes de Vitória de Santo Antão, reconhece a situação precária. Mas defende-se dizendo que a prefeitura não pode agir sozinha. “Qualquer intervenção na área depende de aprovação e autorização da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), por se tratar de um monumento tombado”, declara. A prefeitura, diz ele, garante a preservação do lugar e tem projeto para incrementar a região, fazendo do Monte das Tabocas um ponto de turismo e lazer.
Uma das sugestões do município é transferir o zoológico para um terreno próximo do monte, como forma de incentivar um turismo constante. As visitas hoje, são eventuais, observa. “Vamos desapropriar a área para o zoo.” Também é de interesse da prefeitura levar a sede do Quartel Tiro de Guerra para outro terreno perto do Monte das Tabocas. “Com o Exército presente e o zoológico nas cercanias, o lugar seria mais movimentado”, crê. Tudo isso, no entanto, depende de segurança para os visitantes. “Estamos discutindo com os órgãos envolvidos, para avaliar a viabilidade e buscar um entendimento.”
Sobre a estrada esburacada, Paulo Roberto Arruda disse que se trata de uma rodovia estadual (liga Vitória a Chã de Alegria) e a manutenção é de responsabilidade do Governo de Pernambuco.
Fonte: A Voz da Vitória

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